domingo, 12 de abril de 2015

Permissionários denunciam situação precária do Balneário da Curva São Paulo em Teresina


Permissionários denunciam situação precária do Balneário da Curva São Paulo em Teresina

O presidente da associação afirmou que muitos permissionários abandonaram os quiosques devido ao fraco movimento e a falta de apoio da Prefeitura de Teresina.


Inaugurado em 2007, ainda na gestão do ex-prefeito Silvio Mendes (PSDB), o balneário da Curva São Paulo atualmente sofre com a situação de abandono e os poucos permissionários que continuam no balneário dizem viver no vermelho. 
Imagem: Lucas Dias/GP1Curva São Paulo(Imagem:Lucas Dias/GP1)Quiosques abandonados
De acordo com o presidente da Associação dos Permissionários da Curva São Paulo, Luiz Gonzaga Pereira Silva, dos 46 quiosques do balneário apenas cerca de 15 funcionam regularmente. O presidente afirma que muitos permissionários abandonaram os quiosques devido ao fraco movimento, a falta de apoio da Prefeitura de Teresina e o fato de terem conseguido empregos em outros lugares. 
Imagem: Lucas Dias/GP1Curva São Paulo(Imagem:Lucas Dias/GP1)Presidente da Associação dos Permissionários Curva São Paulo
“As pessoas que desistem é porque não têm experiência com esse ramo, aí, como o movimento é fraco, ficam em cima do muro esperando as coisas melhorarem, a Prefeitura reformar o balneário para reabrirem seus quiosques”, afirmou. 
Imagem: Lucas Dias/GP1Curva São Paulo(Imagem:Lucas Dias/GP1)Mato toma contaCurva São Paulo
Ainda de acordo com ele, a Prefeitura de Teresina pediu uma listagem dos quiosques que estão fechados e vai notificar os permissionários que se não retomarem as atividades irão perder a concessão. “Foi entregue uma relação à Prefeitura e esse pessoal tem trinta dias para ou assumir ou entregar os boxes”.
Imagem: Lucas Dias/GP1Curva São Paulo(Imagem:Lucas Dias/GP1)Curva São Paulo
Devido ao período chuvoso, quando o rio Poty fica com uma maior vazão, o movimento no balneário diminui bastante, o que contribui para a sensação de abandono do local. Além disso, o local não conta mais com o apoio do Corpo de Bombeiros.

“Tem uns anos que os bombeiros não vêm mais, porque faltava um acesso por terra para chegar ao rio e houve um acidente com um bombeiro, que deslocou o pé exatamente por isso. Nós conseguimos que a Prefeitura fizesse um calçamento levando até a margem do rio, mas ainda ficou faltando 10 metros para chegar à beira do rio”, afirmou o presidente da associação. 
Imagem: Lucas Dias/GP1Curva São Paulo(Imagem:Lucas Dias/GP1)Curva São Paulo
Luiz Gonzaga reclamou da situação de abandono e afirmou que o hoje em dia o balneário não mais oferece grandes atrativos à população teresinense. 

“Quando você chega aqui a primeira imagem que se tem é aquela barraca descoberta e abandonada, aí na hora que você entra a sensação que se tem é que aqui é uma área de lazer abandonada, fantasma. Aí você entra mais um pouco e vê esse monte de barraca abandonada, vê o mato e se pergunta, cadê a Prefeitura?”, afirmou.
Imagem: Lucas Dias/GP1Curva São Paulo(Imagem:Lucas Dias/GP1)Prefeitura exige que permissionário troquem as coberturas das barracas.

Permissionário fala em desistir
Com sete anos trabalhando no balneário, o permissionário Edvaldo Silva Souza afirma que há dias em que não consegue nem comprar uma quentinha para almoçar com o dinheiro que ganha no seu quiosque e afirma que a Prefeitura está pressionando os permissionários a reformarem suas barracas. 
Imagem: Lucas Dias/GP1Curva São Paulo(Imagem:Lucas Dias/GP1)Edvaldo Silva Sousa afirma ter vontade de deixar o negócio
“A Prefeitura nunca teve dinheiro para cobrir o banheiro e agora quer que a gente tenha dinheiro para cobrir nossas barracas. A Prefeitura deu um prazo de trinta dais para quem tem a barraca coberta por palhas troque a cobertura”, afirmou. 
Imagem: Lucas Dias/GP1Curva São Paulo(Imagem:Lucas Dias/GP1)Um dos banheiros do Balneário em situação de completo abandono.
Edvaldo Silva afirma que o movimento fraco faz com que muitos permissionários desistam do negócio e que ele mesmo pensa em abandonar o balneário. 

“Eu tenho 51 anos de idade e vivo aqui porque não tenho outra opção. Se eu arranjasse um emprego para ganhar dois salários eu abandonava tudo aqui e ia trabalhar. Aqui tem dias que eu não apuro nem o dinheiro de uma quentinha para eu comer. E não sou só eu não, tem muita gente aqui nessa situação”, afirmou.
Imagem: Lucas Dias/GP1Curva São Paulo(Imagem:Lucas Dias/GP1)Curva São Paulo

fonte gp1