Medicamentos encontrados em ‘lixão’ de Teresina eram distribuídos a hospitais no MA
Os produtos adulterados eram encontrados no “lixão” de Teresina, onde estariam sendo descartados sem a menor cautela, propiciando o resgate
A Polícia Federal prendeu em flagrante o proprietário de empresa clandestina, localizada em Teresina, que vendia medicamento sem autorização. Ele não teve o nome divulgado. Num depósito, na capital piauiense, ele mantinha grande quantidade de medicamentos farmacêuticos com prazos de validade vencidos, bem como material cirúrgico e hospitalar usados, que seriam base para falsificações, adulteração de componentes e outras atividades criminosas, visando a reinserção nos mercados consumidores maranhenses.
A descoberta das atividades criminosas foi possível a partir do esforço fiscalizatório da ANVISA, que destacou servidores da Brasília/DF para comprovar a existência de lote de medicamentos falsos em posse do Centro Médico de Caxias.
A partir da confirmação do potencial lesivo dos medicamentos e da gravidade dos fatos alcançando ao menos dois estados da Federação, a Polícia Federal em Caxias, com apoio da Superintendência da Polícia Federal no Piauí, conseguiram localizar o endereço onde a empresa clandestina “Soares” mantinha em depósito os produtos medicamentosos e demais itens de uso hospitalar, sem condições mínimas de higiene e misturados a produtos tóxicos e perigosos à saúde humana.
O preso, agora à disposição da Justiça Estadual em Caxias, confessou que já pratica o comércio de produtos médicos e fármacos há bastante tempo, sem qualquer fiscalização sanitária, revendendo tais produtos a médicos, dentistas e até a hospitais públicos e particulares de municípios maranhenses e piauienses.
Explicou, ainda, que uma grande parte dos produtos adulterados eram encontrados no “lixão” de Teresina, onde estariam sendo descartados sem a menor cautela, propiciando o resgate e recolocação para o uso médico, comprometendo tratamentos, inclusive de doenças como o câncer.
As investigações prosseguirão para identificar os compradores e distribuidores dos produtos falsificados, bem como para municiar os órgãos públicos ligados à área de saúde, com informações necessárias para a tomada de medidas fiscalizatórias e punitivas urgentes, dada a gravidade da situação.