Produção agrícola pode ser prejudicada com seca no PI
Dos 224 municípios, 167 já decretaram estado de emergência por conta da falta de chuvas. Situação só não é pior por conta das chuvas de dezembro.
O Estado do Piauí tem sofrido, há cinco anos seguidos, com a estiagem, e essa falta de chuva tem prejudicado os agricultores, inclusive a produção da agricultura familiar. E apesar das chuvas começaram a cair em solo piauiense, a situação ainda é considerada crítica pela Fetag (Federação dos Trabalhadores na Agricultura do Estado do Piauí), sobretudo na região do semiárido do Piauí.
Segundo Paulo Manoel de Carvalho, secretário de produção agrícola da Fetag, a situação somente não está ainda pior por conta das chuvas que caíram no mês de dezembro de 2015, mesmo que em áreas localizadas. “A situação é crítica e a chuva abaixo da média deixa a situação ainda pior. Os reservatórios do estado não tem água e as barragens estão com apenas 20% de sua capacidade de armazenamento”, disse.
Ainda sobre as barragens, Paulo Manoel e Carvalho ainda enfatizou que, em algumas cidades, os açudes podem são suportar 15 dias e as pessoas estão recebendo apoio de carros- -pipa. No município de São Raimundo Nonato, citou o secretário de produção agrícola, a maioria do abastecimento das residências é feito através de poços, mas há a necessidade de novas perfurações, vez que a demanda não está atendendo mais a quantidade de famílias.
“E a nossa preocupação também não é só o abastecimento de água para as pessoas, mas para os animais, que também precisam se alimentar, se hidratar, e com a falta de água eles acabam sofrendo e até morrendo. Fizemos um documento, que será entregue ao secretário de Governo do Estado, Merlong Solano, pedindo medidas urgentes para amenizar essa falta de água nas regiões do Sul e semiárido do Piauí, pois a maioria das plantações estão se perdendo.”, ressaltou Paulo Manoel de Carvalho.
O secretário de produção agrícola da Fetag acrescentou, inclusive, que a perfuração de novos poços devem ser feitas onde há necessidade e demanda, sobretudo na zona rural dos municípios, onde o acesso é mais precário e o abastecimento irregular. O Federação dos Trabalhadores reivindicou, em um documento, as seguintes medidas de emergência que devem ser adotada pelo Governo: - recursos para os agricultores comprarem ração para os animais; - providências urgentes para barragens e açudes que estão praticamente secos; - carro-pipa para abastecer as cidades mais castigadas pela seca, principalmente a zona rural.