Jovem que atirou em travesti no corso estaria dançando 'metralhadora'
Grupo de amigas brincaram com arma, que acabou disparando contra a cabeça de Pâmela, de 23 anos; Pistola .40 é de uso da Polícia.
O delegado Ademar Canabrava, do 12º DP de Teresina, apura o caso da travesti Pâmela Leão, de 23 anos, atingida por um tiro na cabeça no Corso 2016. Segundo o delegado, a mãe da vítima conta que a menina que teria atirado contra Pâmela estava dançando a música "Metralhadora", da banda Vingadora, quando a arma disparou.
Pâmela Leão, de 23 anos, foi atingida por tiro de pistola na nuca.(Foto: Reprodução)
"Ainda temos que ouvir outras pessoas antes de dar certeza", avisa o delegado. As informações apuradas até agora afirmam que amigas de Pâmela teriam encontrado a arma na festa, e começaram a brincar, fingindo que atiravam umas nas outras. Uma delas, também travesti e menor de idade, estava com a arma no momento em que outra amiga bateu em sua mão, e o disparo aconteceu.
Canabrava disse que mais informações sobre as motivações do tiro serão apuradas. "Ela diz que o tiro aconteceu numa brincadeira, mas não podemos ter certeza apenas com o depoimento dela.", argumentou. As outras pessoas envolvidas são fundamentais para a elucidação do caso.
"Temos que falar com essa pessoa, que teria batido na mão dela, e temos que saber quem é o dono dessa arma", disse o delegado Canabrava. A arma, uma pistola .40, é de uso exclusivo da polícia.
"Se o dono da arma for mesmo um policial, ele vai responder processo criminal e administrativo".
Se comprovada a versão da adolescente, ela responderá pelo crime de tentativa de homicídio. Se Pâmela vir a óbito, responderá por homicídio culposo, quando não há a intenção de matar. A travesti Pâmela Leão segue em coma, no Hospital de Urgências de Teresina.