Morte de primeira-dama faz um ano e juiz autoriza quebra de sigilo telefônico
Após um ano, familiares ainda tentam conviver com a ausência da primeira-dama de Lagoa do Sítio, Gercineide Monteiro, assassinada com um tiro na cabeça dentro da própria casa, no dia 10 de fevereiro de 2015. Na manhã desta quinta-feira (11), o padre Antônio Carlos celebra missa às 9h, na Igreja Matriz de Santo Antônio, no próprio município.
"A missa será celebrada amanhã, no dia em que minha irmã foi sepultada. Não é fácil suportar a perda. A gente acredita em Deus e nossa fé faz com que com os dias, nossa dor se transforme em saudades, em lembranças que fazem com que não esqueçamos dela, mas aprendamos a superar. Os filhos dela têm 8 e 12 anos e estão conseguindo seguir a vida, mesmo sem entender que foi uma perda definitiva", desabafa Nilton Filho, irmão da primeira-dama.
Os suspeitos do homicídio são a empregada Noêmia Maria da Silva e o ex-prefeito e marido de Gercineide Monteiro, José de Arimatéias Rabelo, o Zé Simão. As investigações da Polícia Civil apontam que ele teria assassinado a esposa com a ajuda da doméstica com a qual, supostamente, manteve relação extraconjugal.
Os acusados continuam presos à espera de julgamento. O processo tramita na Comarca de Valença do Piauí. No último dia 03 de fevereiro, o juiz Juscelino Norbeto da Silva Neto, autorizou a quebra de sigilo telefônico dos últimos três meses solicitado pelo Ministério Público e o envio de um pendrive com imagens da caminhonete do ex-prefeito solicitada pela defesa de José Simão. Os despachos têm até 20 dias para serem entregues na Comarca.
"A polícia diz que as provas indicam que eles são os culpados, mas os dois negam tudo. Pra gente também ainda é muito confuso. A Justiça falha, mas na maioria das vezes funciona. O que interessa é que minha irmã não volta mais e entregamos tudo nas mãos da Justiça", disse o irmão.