Bebê é levado ao hospital com queimaduras de cigarro; Mãe nega ser autora das lesões
A mãe do bebê de dez meses, que é fumante, foi levada pelo Conselho Tutelar, nesta terça-feira (22), para prestar esclarecimentos na Delegacia de Proteção à Criança e ao Adolescente (DPCA) sobre os maus tratos em que a criança se encontrava. O bebê possui algumas queimaduras pelo corpo. O laudo médico aponta que elas foram causadas por cigarros e descarta a possibilidade de violência sexual.
A mãe falou com exclusividade à TV Cidade Verde e nega ser a autora das lesões no filho. Ela, que afirma não ser tabagista, diz que não suspeita de ninguém. No entanto, a família confirma que ela fuma cigarros há anos.
Um familiar, que não quis se identificar, relatou que a mãe não possui condições psicológicas de cuidar dos filhos. Além do bebê, a principal suspeita tem uma menina de cinco e um menino de 11 anos. O mais velho mora com a avó.
"A gente suspeitava, mas não podia comprovar. O pai da criança não foi localizado. A mãe da criança mora com a bisavó", disse o parente, acrescentado que o bebê está em um Centro de Acolhimento de Teresina aguardando a decisão da Justiça.
O conselheiro Djan Moreira acrescentou que o bebê foi levado pela a avó ao Hospital do Monte Castelo, na Zona Sul de Teresina, ao suspeitar que os cuidados com ele estavam sendo negligenciados.
“A avó acompanhada pelo companheiro levou o bebê até o hospital. Tanto o hospital como a escola precisa acionar o Conselho Tutelar sempre que encontrarem uma suspeita de maus tratos. Então, os profissionais de saúde nos chamaram", destacou.
A avó e o companheiro moram na mesma casa em que o bebê reside com a mãe , mas em blocos separados, na Zona Leste de Teresina. Eles também prestaram esclarecimentos.
Conselheiro Djan Moreira acompanha o caso
Matéria Original
Um bebê de apenas 10 meses de idade foi encaminhado ao Hospital do Monte Castelo, na Zona Sul de Teresina, com possíveis queimaduras de cigarro pelo corpo. A criança- que é do sexo masculino- morava com a mãe e duas irmãs e foi a avó do menino quem percebeu as marcas da suposta violência.
Além dos ferimentos, o menino apresentava inflamação nas partes íntimas, o que em primeiro momento, sugeriu a possibilidade de estupro, hipótese já descartada. Diante da gravidade dos ferimentos, a direção do hospital acionou o Conselho Tutelar que levou o bebê para ser submetido a exame de corpo de delito no IML.
"O laudo mostrou que a questão das feridas no corpo da criança são sugestivas a queimaduras de cigarro e a outra parte por contato físico. Já os ferimentos na parte íntima da criança foram provocados por descuido, desleixo, falta de higiene. A hipótese de estupro foi descartada, mas os maus tratos foram confirmados", disse o conselheiro tutelar, Djan Moreira.
O caso está sendo investigado pela Delegacia de Proteção à Criança e ao Adolescente (DPCA). Se confirmado que a mãe do bebê era responsável pelas agressões físicas, ela pode ser presa. Caso contrário, a mulher terá que comprovar na Justiça da Infância e Juventude que tem condições de criar o filho que foi levado, temporariamente, para um abrigo de crianças.
"Ele tem uma avó que tem problemas de visão. Já a mãe, supostamente, tem algum distúrbio. Nesse caso, o Conselho Tutelar seria irresponsável se levasse a criança de volta para onde ela estava. Então, o levamos para o acolhimento institucional", reitera Moreira.
O caso é investigado é caracterizado como negligência, uma das denúncias mais comuns no Conselho Tutelar, seguidos de conflito familiar, violência física, violência sexual e evasão escolar.