Justiça nega liberdade a ex-soldado acusado de matar Emilly Caetano
Aldo Luís responde a outro processo criminal e em sua decisão o juiz levou em consideração essa informação
O juiz Antônio Reis de Jesus Nollêto negou o pedido de liberdade provisória solicitado pela defesa do ex-soldado da Polícia Militar Aldo Luís Barbosa Dornel, acusado de homicídio qualificado durante uma abordagem policial que terminou na morte de Emilly Caetano, de nove anos, na noite de 25 de dezembro de 2017.
A decisão judicial é dessa segunda-feira (19/03). Aldo Luís responde a outro processo criminal e em sua decisão o juiz levou em consideração essa informação. Segundo o juiz Antônio Nollêto há a necessidade de manutenção da segregação provisória para se obter a garantia da ordem pública.
Ainda, de acordo com o magistrado a nocividade da conduta de Dornel excedeu-se ao se realizar a abordagem policial que culminou com a morte da menina Emilly Caetano, e nas lesões dos pais e irmãs de Emilly.
“Tais fatos, associados a periculosidade do agente [vez que reitera em delitos graves, praticados com violência ou grave ameaça à pessoa], revelam ausência de freios sociais do acusado e demonstram a existência de risco à ordem pública”, ressalta.
Entenda o caso
Emilly Caetano da Costa foi morta durante uma abordagem policial na Avenida João XXIII, zona leste de Teresina, na madrugada de terça-feira (25/12). A menina, de apenas nove anos, chegou a ser socorrida, mas faleceu pouco tempo depois.
Os pais da criança Evandro da Silva Costa e Daiane Caetano também foram atingidos de raspão. De acordo com a coronel Elza Rodrigues, a viatura da Polícia Militar recebeu uma denúncia de que uma dupla em um veículo Renault modelo Clio havia praticado um assalto.
“A viatura estava em rondas na avenida quando recebeu a denúncia e viu o veículo suspeito, deu ordem de parar e o mesmo aumentou a velocidade. Com isso, os policiais efetuaram disparos contra o carro e acabou atingindo os ocupantes”, disse a coronel.
Emilly Caetano da Costa teve a costela e o tórax perfurados pelos disparos de arma de fogo. A menina faleceu no Hospital de Urgências de Teresina (HUT), às 05h45min. Daiane Caetano foi socorrida e já recebeu alta. O pai da criança Evandro da Silva Costa precisou passar por alguns dias internado e perdeu parte da visão.
Os policiais envolvidos foram autuados e encaminhados para o presídio militar.