Colégio de Procuradores de Justiça aprova revisão das atribuições das Promotorias de Justiça do MPPI
Em sessão extraordinária realizada na tarde de ontem (10/04), o Colégio de Procuradores de Justiça do Ministério Público do Estado do Piauí aprovou resolução que versa sobre as atribuições dos órgãos de execução do 1˚ grau. Em reunião anterior, no dia 26 de março, também foi aprovada a resolução que disciplina o processo de agregação de Promotorias de Justiça. As duas normas são desdobramentos de um procedimento de gestão administrativa cujo objeto é o cumprimento das medidas indicadas no relatório da correição geral realizada em 2017. A reunião de ontem foi presidida pelo Procurador-Geral de Justiça, Cleandro Moura, e o relatório do procedimento coube ao Procurador de Justiça Antônio Ivan e Silva, com revisão do também Procurador de Justiça Antônio de Pádua Ferreira Linhares. Os temas estão sendo debatidos desde novembro de 2016, quando o procedimento foi distribuído; ao todo, foram realizadas quatro reuniões do Colégio de Procuradores de Justiça até a aprovação das novas normas.
Em 2016, o Tribunal de Justiça deliberou pela aglutinação de diversas comarcas. Depois da realização de estudos, consultas aos membros e análises de impacto, o MPPI executará seu próprio projeto de agregação de órgãos, no intuito de contribuir para o melhoramento da prestação jurisdicional no Piauí. Nesse contexto, também teve lugar a necessidade de revisão das atribuições. “As minutas de resoluções foram norteadas pelas deliberações do Conselho Nacional do Ministério Público, incluídas aquelas apresentadas por ocasião da correição e da Carta de Brasília, as mudanças decorrentes da agregação de Comarcas, do rezoneamento eleitoral, da iminente implantação do 2º turno pelo Poder Judiciário Piauiense e as novas necessidades dos cidadãos”, declarou o Procurador-Geral, Cleandro Moura.
A agregação adota como paradigma o modelo implantado pelo Poder Judiciário. Entretanto, foram definidas de normas voltadas às peculiaridades do Ministério Público Estadual, notadamente no que se refere à garantia de inamovibilidade dos titulares de órgãos impactados. Já na na divisão de atribuições, buscou-se uma distribuição equitativa do trabalho e a otimização da atuação. "Concluiu-se um trabalho de suma importância para o aprimoramento do Ministério Público, principalmente na atuação de primeiro grau. Beneficia-se, sobretudo, a destinatária de nossos serviços, que é a sociedade, com a dinamização das rotinas e da organização ministerial", pontua o Procurador de Justiça Antônio Ivan e Silva, relator do procedimento.
“Almejou-se um perfil de atuação eficiente, célere e resolutivo, com flexibilização de atribuições cíveis e criminais, de modo que um Promotor de Justiça com atuação cível possa oferecer denúncia, quando entender configurada a prática de conduta criminosa nas investigações que presidir. No mesmo sentido, um Promotor de Justiça com atuação criminal poderá instaurar e propor ações de natureza cível, incluída a possibilidade de celebração de compromisso de ajustamento de conduta”, explica o Procurador-Geral de Justiça.
Em Teresina, as principais inovações envolvem o fortalecimento do Núcleo de Promotorias de Justiça Criminais, que tinha 12 Promotorias de Justiça e passará a ter 19, e a ampliação do Núcleo de Promotorias de Justiça da Infância e da Juventude, que passará a contar com 4 Promotores.
As resoluções entrarão em vigor 30 dias após as respectivas publicações.
Os trabalhos de revisão das atribuições foram iniciados com a instauração do Processo Administrativo nº 8950/2016, sob a coordenação da Procuradora de Justiça Teresinha de Jesus Moura Borges Campos, que se debruçou sob as atribuições dos órgão sediados na Capital, bem como do Procedimento Administrativo nº 15.152/2016, sob a coordenação da Procuradora de Justiça Raquel de Nazaré Pinto Costa Normando, que tratou da agregação de Promotorias de Justiça, juntamente com comissões de membros.
fonte http://www.mppi.mp.br
Coordenadoria de Comunicação Social
Ministério Público do Estado do Piauí MP-PI
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