oto: Roberta Aline
Teresina fechou mais de 5 mil postos de trabalho com carteira assinada apenas nos meses de março e abril deste ano. O maior percentual. A capital desempregou mais que todo o estado, de acordo com dados consolidados do Cadastro Geral de Empregados e Desempregados (Caged) divulgados nesta quarta-feira (27) pelo Ministério da Economia.
Pelo levantamento, abril foi o mês que registrou maior salto negativo em Teresina com 4.223 vagas fechadas. Em março, a taxa foi de 847 demissões. Os dados mostram os primeiros impactos das medidas de isolamento social para conter o avanço do novo coronavírus.
Piauí
Acumulado de janeiro a abril de 2020
Admissão - 25.885
Desligamentos - 30.336
Salto negativo - 4.451Teresina
Março - fechou 847 postos de trabalho
Abril - fechou 4.223 postos de trabalho
Acumulado negativo dos dois meses - 5.070 desligamentos
É a primeira vez que os dados do Caged são divulgados desde o início da crise causada pelo novo coronavírus. As informações sobre empregados e desempregados não era divulgada desde janeiro deste ano, com dados relativos a dezembro.
O mercado de trabalho brasileiro fechou 860.503 empregos com carteira assinada em abril de 2020.
Piauí
Pelo levantamento, o Piauí admitiu 25.885 pessoas no acumulado de janeiro a abril deste ano e registrou um desligamento de 30.336. Obteve um saldo negativo de 4.451 postos fechados.
Em Teresina, o acumulado - janeiro a abril 2020 - houveram um desligamento de 20.755 pessoas. A admissão foi de 16.166.
Os setores que mais demitiram foram a indústria, construção civil, comércio e transportes.
O superintendente Regional do Trabalho, Philippe Salha, destaca que o auxílio emergencial amenizou o sofrimento dos piauienses, já que 71 mil trabalhadores do estado, até o dia 26 de maio, receberam o benefício do governo federal.
"Se não tivesse o benefício emergencial a situação estaria bem pior. Teresina quase que 90% é responsável pelos desligamentos de empregos no estado", disse Salha.
O superintende ressalta que no interior se destaca o trabalho informal. Salha informou ainda que o Ministério mudou todo o sistema para atender de forma virtual o trabalhador que perdeu o emprego.
"Estamos trabalhando sábado, domingo e feriados para garantir o seguro desemprego dos trabalhadores, que é um alento para eles".