Foto: Roberta Aline
O Sindicato dos Lojistas do Piauí (Sindilojas) encaminhou ao governo do Estado e a Prefeitura de Teresina um plano para a reabertura gradual do comércio.
De acordo com o presidente, Tertulino Passos, a proposta se baseia em eixos como horário diferenciado de funcionamento, segurança dos clientes e funcionários e fiscalização do poder público.
Proposta do Sindilojas:
Retorno de todo o comércio
Funcionamento das lojas por 6 horas
8h às 14h
9h às 15hShopping
Aberta das 12h às 20h
Lojas do shopping - 14 h às 20hDistanciamento - 2 metros
Cliente só entra nas lojas usando máscara
Cliente será higienizado com álcool em gel
Todos os funcionários vão receber máscaras e álcool em gel
Haverá sanitização nas lojas
Os lojistas aguardam agora uma resposta das autoridades com relação ao protocolo de retorno das atividades, que deve ser apresentado pelo estado e município em junho. Tertulino afirma que os lojistas estão dispostos a seguirem todas as medidas de segurança necessárias para o retorno.
"No plano que apresentamos as lojas não podem exceder ao horário das 15h. Os shoppings irão funcionar em horários diferentes. Se as lojas do Centro estiverem fechadas, as dos shoppings abrem e vice-versa, tomando todas as medidas para evitar aglomerações’, disse.
Outro ponto analisado pelo sindicato para o retorno das atividades é a garantia da segurança. As lojas devem fornecer os Equipamentos de Proteção Individual (EPIs).
Os shoppings abririam das 12h às 20h e a praça de alimentação funcionaria com as mesas distantes em 2 metros.
Voltar dia 8 de junho
O presidente do Sindilojas propõe que o retorno seja no dia 8 de junho, um dia após encerrar o decreto de isolamento social do governo do estado.
"Acreditamos que não precisará limitar o número de clientes nas lojas, já que essa frequência dos clientes será gradual", disse Tertulino.
Em Teresina funcionam cinco mil lojas que empregam cerca de 10 mil pessoas.
Segundo ele, a proposta do Sindilojas passa pela abertura de todas as lojas sem distinção por tamanho, estrutura ou produto vendido. Haverá sanitização das lojas e de todos os equipamentos como teclados de computadores e máquinas de cartões de crédito. O Governo do Estado prometeu a apresentação de um protocolo para abertura gradual na próxima terça-feira, dia 2 de junho.
O Sindicato entende que para que o retorno aconteça com segurança é preciso que ocorra a fiscalização. "Além das medidas de segurança é preciso garantir a fiscalização. Assim teremos certeza que tudo vem sendo cumprindo", pontua.
Acúmulo de prejuízo
De acordo com Tertulino, o comércio de Teresina acumula um prejuízo incalculável com perda de mais de 90% do faturamento.
Tertulino afirmou ainda que 30% das lojas não irão reabrir, devido a falta de recursos. "Muitos não terão condições de reabrir porque não possuem condições nem de renegociar o aluguel, pagar funcionários e nem capital de investimento".