sexta-feira, 19 de junho de 2020

Silvio Mendes, com lucidez e coragem, fala sobre o coronavírus, hidroxicloroquina, reabertura da economia e casos de mortes no Brasil

O experiente médico e ex-prefeito de Teresina Piauí, Silvio Mendes, falou com bastante lucidez e coragem, em esclarecedora entrevista à TV Cidade Verde, sobre às ações de enfrentamento ao coronavírus, protocolo para uso da hidroxicloroquina contra a doença, medidas para reabertura de setores essenciais da economia e contagem de mortes no Brasil.

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Estatísticas de mortes:

Silvio diz que a divulgação acumulada de mortes causa confusão na população. “O que faz a confusão? É que uma morte que aconteceu em março ou abril, se for contada agora em maio, vão dizer que a curva não tá caindo, e aí remete para a história da economia. Não, não pode abrir porque continua morrendo gente. Ora, vai continuar morrendo, esse vírus não vai desaparecer, nós vamos ter que conviver com ele como como a gente convive com a gripe, com a tuberculose, com tudo”.
 

Mortes pelo coronavírus x óbitos por outras doenças:

“...De cada 100 pessoas que morreram em Teresina, 86 tinham outras doenças: cardíacos, câncer, diabéticos, pneumonia, enfim...aí é o primeiro ponto racional...como é que estão essas pessoas com outras doenças? essa é a pergunta. Cadê as pessoas hipertensas, diabéticos, com tantas outras doenças, acidentados, se o sistema de saúde está fechado. Quem são essas pessoas e onde estão, quem é que tá cuidando delas? Isso aí reflete nas mortes pelo coronavírus”.

Uso da hidroxicloroquina: “Eu nunca vi um remédio tão combatido”, diz. 

“...Eu escuto também dizer que algumas unidades de saúde não têm todos os remédios, seja em Teresina ou no interior, isso é obrigação dos gestores, ele tem a obrigação de colocar, se o médico vai usar ou não, se o paciente vai aceitar ou não, isso é outra história...mas não compete nem o Supremo Tribunal Federal, ao Conselho Federal de Medicina, ao Congresso Nacional, não interessa, é um ato privativo de médico, e só ele, a consciência e o conhecimento dele, vai decidir, naturalmente, com a autorização do paciente, se usa ou não”. 

Tranquilidade e retomada do comércio

“É preciso que discuta, também, com a população, com às pessoas lá do bairro...uma campanha de educação, por exemplo, para desmontar isso que estamos tratando aqui. E às regras, elas não pode ser iguais para negócios diferentes, eu não posso ter regra para construção civil igual a um shopping, comércio de loja, seja ela qual for, tem que ser diferente. Eu não vejo nenhuma irresponsabilidade, porque começa a acirrar os ânimos, começa às agressões e isso não pode terminar bem. Então, é preciso que as pessoas se acalmem, que compreendam todo um curso de uma doença, que não é diferente das outras, e que as pessoas se unam, porque se a gente ficar divergindo e brigando com uns os outros, com certeza, é tudo que o vírus quer ”. 

fonte cartapiaui.com.br