De acordo com o delegado, a investigação continua e existe uma prazo legal para o inquérito ser concluído.
Na manhã desta quarta-feira (09), o coordenador do Departamento de Homicídios e Proteção à Pessoa(DHPP), delegado Francisco Costa, o Baretta falou sobre as prisões e as investigações do assassinato dos dois adolescentes Luian e Anael Natan na zona Leste de Teresina.
Nessa terça-feira (08), a Polícia Civil prendeu três suspeitos de participação no crime, o empresário João Paulo de Carvalho, Francisco das Chagas e Guilherme de Carvalho.
O delegado relatou alguns detalhes sobre a investigação do crime e sobre como as vítimas teriam chegado ao local: "Os jovens, eles chegaram lá no sítio, onde tinha a festa e preferiram escalar o muro mais baixo para entrar no local da festa e que dá acesso à casa do Francisco, e lá o cachorro começou a latir, onde acabou despertando a atenção dos moradores e lá eles foram dominados e levados pra dentro da propriedade. Lá, eles foram torturados, amarrados e depois levados para o local onde foram executados", explicou Baretta.
Ainda sobre as apurações do caso o delegado explica: "O nosso registro aqui foi do desaparecimento de pessoas, qual foi o objeto que nós encontramos, a moto que eles andavam, que ficou estacionada em frente ao sítio. E depois da ali, ninguém viu mais, foi o ponto de partida. Nós fizemos todo o regresso deles da saída de casa e paramos lá no sítio, e então nós não temos mais notícias deles. E ai, começamos a investigação que desaguou depois do crime em um encontro".
Sobre os primeiros depoimentos dos envolvidos o delegado disse: " Eles já inventaram uma primeira vez, uma declaração fantasiosa que não resistiu ao primeiro e segundo passo da investigação policial, e evidentemente eles não deixam de acreditar que nós íamos cair naquela, porque triste daquela autoridade e seus agentes que acreditam em confissão que não tenha investigado porque o indivíduo pode confessar como confessaram, mentindo".
Após as prisões, o delegado informou que a investigação caminha para conclusão do inquérito."Nós temos um prazo de 10 dias, eles estão presos preventivamente e o inquérito será concluído no prazo legal, não há o que se fazer, mas outras pessoas serão ouvidas, porque há um chamamento da polícia militar até o local, a polícia militar já foi ouvida e lá chegando justamente foram chamados pra ocorrência e eles não perceberam nada, exatamente no horário que os garotos foram levados", explicou.
Sobre a autoria dos disparos que mataram os adolescentes Baretta afirmou: "João Paulo, alega que foi o Guilherme que atirou, veja bem, foi encontrado um registro de arma dentro da caminhonete dele na primeira vez que o delegado fez a apreensão, então quem é que tinha habilidade pra atirar? O João Paulo, mas isso vai ser tudo bem analisado dentro do inquérito policial e pelas autoridades, quem vai concluir isso é autoridade policial que preside o inquérito, eu como diretor do DHPP eu estou aqui presando pelo nome e credibilidade dessa instituição e acima de tudo a polícia civil, mas acredito que como está sendo feita a resposta será dada a sociedade", concluiu.
Sobre o caso
Os adolescentes Luian e Anael Natan foram encontrados mortos no dia 15 de novembro, na zona rural Leste da capital, após ficarem dois dias desaparecidos.
O advogado de defesa da família do empresário João Paulo, Lúcio Tadeu, disse na sexta-feira (04), que o proprietário do Frango Potiguar e seu primo, Guilherme de Carvalho, confessaram o assassinato dos adolescentes Luian Ribeiro de Oliveira e Anael Natan Colins.
Em entrevista ao portal, o advogado afirmou que os dois assumiram a autoria do crime e declararam que os adolescentes teriam invadido a casa do tio do empresário e depois ameaçado a família.
No último dia 26 de janeiro, o delegado geral da Polícia Civil, Lucy Keiko havia informado que o tio do empresário tinha assumido a autoria do crime em depoimento gravado em áudio e vídeo.
fonte www.viagora.com.br
