O atual candidato do PT a prefeitura de Teresina era o secretário de Cultura à época
O jornalista André Pessoa, muito conhecido no Piauí por suas reportagens divulgando as belezas naturais do estado em revistas e jornais do Brasil e do exterior, pediu a Polícia Federal que amplie as investigações da Operação Front Stage, que apura irregularidades na aplicação dos recursos da Lei Aldir Blanc.
No final do ano de 2020, Pessoa foi premiado através do edital Afrânio Castelo Branco com o projeto Oficinas de Arte e Cultura no valor de R$ 300 mil. A premiação, no entanto, nunca foi paga. “Em meados de abril de 2021, depois de esperar quase 4 meses pelo repasse dos recursos, desisti do projeto e fiz uma carta abrindo mão da premiação”, explicou o repórter pernambucano.
Agora, com a notícia das investigações da Polícia Federal, fato que já era amplamente denunciado na época da gestão do secretário Fábio Novo, André Pessoa decidiu compartilhar com a PF os documentos do processo pedindo maiores informações sobre o destino desses recursos públicos e quer que Novo e seu substituto na Secult, Anchieta, sejam investigados. Fábio Novo, quando secretário, chegou a processar jornalista (Petrus Evelyn) alegando que a distribuição dos recursos estava correta.
A assessoria da Secretaria de Cultura do Piaui informou que “tão logo as coisas se esclareçam”, divulgará nota ao público sobre a operação Front Stage, deflagrada nesta quinta-feira pela Polícia Federal e CGU. “Para nós foi surpresa”, declarou um funcionário.
Eis a nota emitida por André Pessoa tão logo leu que seu projeto está na lista dos premiados:
Nota de Esclarecimento
Diante das investigações da Polícia Federal, o jornalista André Pessoa, premiado com o valor de R$ 300 mil, sente orgulho em não ter participado desse esquema supostamente criminoso e ter abidicado do seu prêmio conforme documento anexo.
Cabe as autoridades policiais e judiciárias descobrir o que foi feito com esses valores e processar os responsáveis pelos desvios.
André Pessoa declara que suas contas estão à disposição das autoridades para comprovação que a Secretaria de Estado da Cultura do Piauí, nunca fez NENHUM repasse para o jornalista.
Importante descobrir agora, efetivamente, para onde esses recursos, oriundos de um prêmio na gestão do secretário Fábio Novo, foram desviados.
Veja a carta enviada à Secult ainda em 2021
Fonte: PortalAZ