Boreas: Quadrilha tinha informações privilegiadas da polícia
Ronilson é filho de um cabo da Polícia Militar e foi preso durante a Operação.
A quadrilha que foi presa na Operação Boreas, na manhã desta sexta-feira (11), conseguia informações privilegiadas da Polícia, através de um homem identificado como Ronilson. Ele é Cabo do Exército e filho de um cabo da Polícia Militar.
Segundo o delegado Kledson Ferreira, a participação do pai dele não foi confirmada, mas o fato é que Ronilson avisava aos integrantes da quadrilha quando iriam acontecer operações na região onde os traficantes atuavam e informava até as operações rotineiras, como blitze. “Por conta dessas informações privilegiadas, a polícia não conseguiu localizar nenhuma quantidade de droga na casa dos presos”, disse o delegado.
Fotos: Marcela Pachêco/O Dia
Ronilson foi encontrado na sua residência, no bairro Buenos Aires. Ele está preso temporariamente, para não atrapalhar as investigações. A polícia também não identificou exatamente qual a participação.
Ao todo, foram expedidos 24 mandados. Deste, 15 são de busca e apreensão e nove de prisão. A polícia conseguiu dar cumprimento a seis mandados de prisão preventiva, dois mandados de prisão temporária e 13 de busca e apreensão. Entre as mulheres presas, uma está grávida.
Foto: Jailson Soares/ODIA
Durante coletiva de imprensa, a polícia revelou como era a organização da quadrilha. Os irmãos Arrhenios Oliveira Veras e José Raimundo Oliveira Veras eram os chefes do grupo que agia nos bairros Poty Velho e Mocambinho.
A esposa do traficante Arrhenios, Vyrna Melo Brayner, também integrava a quadrilha. Ela era quem quebrava e pesava a droga. A esposa de Raimundo, identificada como Raquel, teve a prisão temporária decretada, mas não foi identificada qual era exatamente a sua participação no grupo.
Integravam outro grupo, que agia da Santa Maria da Codipi, Daniel Roberto de Vasconcelos Silva e a esposa Kallynca Cássia Ferreira Costa Araújo. Ele era responsável por distribuir a droga naquela região e também guardá-la, a mando dos dois irmãos. Já a sua esposa trabalhava como vendedora no negócio.
Segundo o delegado Kledson Ferreira, apesar de manter bocas de fumo paralelas, as duas gangues mantinha relações comerciais e criminosas, sendo subordinados aos irmãos Arrhenios e Raimundo.
Também está preso Francisco da Silva Alves, por falsificação de documentos. A polícia encontrou quatro RGs em seu nome. Contudo, a participação dele com o tráfico de drogas liderado pelos irmãos Arrhenios e Raimundo também não foi identificada.