Corregedoria afasta PM apontado como mandante do estupro coletivo
Militar está em Teresina onde será encaminhado ao Quartel do Comando Geral (QCG) até que se apure o caso e sua suposta relação com todos os crimes
Em entrevista ao programa Bancada Piauí, da TV Antena 10, o subcomandante da Polícia Militar, coronel Lindomar Castilho, informou que o PM Elias Júnior, apontado como mandante do estupro coletivo em Castelo do Piauí, já se encontra em Teresina onde está à disposição da Corregedoria.
A TV Antena 10 divulgou uma conversa entre o menor Gleison Vieira da Silva e um funcionário do CEM durante um depoimento prestado à Justiça. Na ocasião, o menor cita a suposta participação de um mandante no caso.
"Ele queria que nós 'fizesse' um crime lá em Castelo que nunca foi feito. Todo crime lá em Castelo sempre é descoberto. Ele pensou assim, ele vai preso, vai pro CEM, morre lá e eu fico de boa com meu dinheiro", revela a gravação.
A fala de Gleison teria se dado após o funcionário perguntar sobre a participação de um mandante no crime. Gleison teria falado em uma proposta de R$ 2 mil para que praticasse os crimes na cidade. De acordo com a Defensoria Pública, ancorada nessa tese, os três menores que estão detidos poderão ser inocentados. O promotor Cesário Cavalcante garantiu que a decisão do juiz possa ser revogada.
CORREGEDORIA INVESTIGA PARTICIPAÇÃO DE PM EM ESTUPRO COLETIVO
O coronel Paulo de Tarso, comandante do policiamento do interior, confirmou ao portal que na manhã desta segunda-feira (10/08) o policial militar que teve o nome ligado ao estupro coletivo em Castelo do Piauí, foi afastado de suas atividades normais e se apresentou à Corregedoria da PM em Teresina.
O coronel Paulo de Tarso, comandante do policiamento do interior, confirmou ao portal que na manhã desta segunda-feira (10/08) o policial militar que teve o nome ligado ao estupro coletivo em Castelo do Piauí, foi afastado de suas atividades normais e se apresentou à Corregedoria da PM em Teresina.
De acordo com o coronel, a intenção é de preservar a imagem do suposto acusado, já que não há nenhuma acusação formal que ligue seu nome ao caso. Segundo Paulo de Tarso, até o momento há apenas boatos.
“É um soldado que já está há 20 anos na corporação e tem um boa conduta. O que existem são boatos. Ainda não há nenhuma acusação formal que ligue o nome dele ao caso. Alguns sites já até revelaram o nome dele, mas o que queremos é preservar sua imagem até que se apure tudo sobre o caso”, disse.
O militar está em Teresina onde será encaminhado ao Quartel do Comando Geral (QCG) até que se apure o caso e sua suposta relação com o caso.
O subcomandante da PM, coronel Lindomar Castilho, destacou que existe um documento oficial que garante que o militar teria sido citado pelos menores como mandante dos crimes.
“Vamos apurar. Nós temos a documentação apresentada pela Defensoria. Vamos investigar a partir de agora. Ele já tem passagem pela Corregedoria”, disse.
O militar já passou pela Corregedoria em um caso onde a polícia apurava seu envolvimento em uma rádio clandestina na cidade de Castelo do Piauí. Os fatos foram confirmados.
SUPOSTO ENVOLVIMENTO
A tese de que um mandante teria participado do crime foi levantada pela Defensoria Pública, que atua em defesa dos três menores acusados e apreendidos após serem apontados como autores dos atos infracionais no morro do Garrote, em Castelo do Piauí.
A tese de que um mandante teria participado do crime foi levantada pela Defensoria Pública, que atua em defesa dos três menores acusados e apreendidos após serem apontados como autores dos atos infracionais no morro do Garrote, em Castelo do Piauí.
Depoimentos prestados pelo jovem Gleison Vieira da Silva, de 17 anos, morto no Centro Educacional Masculino (CEM), em Teresina, revelam que os menores atuaram à ‘mando de um patrão’. Outra informação levantada seria de que o mesmo é temido na cidade de Castelo pelo fato de ter participação em outros casos e amedrontar populares usando a farda da corporação.
Em seu depoimento Gleison teria afirmado que recebeu uma proposta de R$ 2 mil e um advogado para realizar sua defesa. A Polícia ainda investiga o caso, mas o promotoria e o juiz Leonardo Brasileiro destacaram que é difícil a decisão ser revogada. O Delegado Geral Riedel Batista disse que é impossível que as investigações sejam reabertas.