"É O PROJETO MAIS IMORAL QUE ESSA CASA JÁ VOTOU", DISPARA OPOSIÇÃO SOBRE PROJETO DE ONERAR O CAMPO MAIOR PREV
A bancada de vereadores de oposição de Campo Maior, formada pelos vereadores Sena Rosa, Paiva Filho, Manoel Alvarenga e Neto dos Corredores, votaram contra o projeto de lei enviado pelo prefeito Paulo Martins na sessão da última terça-feira, na câmara municipal de Campo Maior. O projeto é uma tentativa do prefeito cobrir o rombo nas contas do Campo Maior Prev, que beira os 12 milhões de reais.
Os vereadores votaram contrariamente pelo fato do prefeito querer onerar ainda mais o falido fundo de previdência da cidade, fruto da incompetência e ingerência de sua gestão. Recentemente, a gerente do fundo, declarou ao ministério público, que o dinheiro era descontado em folha e não repassado ao fundo, por ordem pessoal do prefeito Paulo Martins. Já o projeto, se trata da adição de funcionários inativos da prefeitura ao Campo Maior Prev, tirando a responsabilidade da prefeitura, sangrando ainda mais a previdência própria.
"Eu vou votar contra essa imoralidade enviada para essa casa. Acho um absurdo o prefeito mandar um projeto desse para aprovarmos. Pode até passar, mas com o meu voto, jamais", declarou o vereador Sena Rosa. O vereador Manoel Alvarenga também se posicionou contrariamente, dizendo existir inconstitucionalidade do projeto: "A lei é clara. Não pode retroagir para prejudicar ninguém. Nesse caso, haverá um prejuízo enorme ao Campo Maior prev, que já está quebrado", disse. Paiva Filho, limitou-se a comentar que "havia avisado" que isso não daria certo, e que os beneficiários do fundo sentiriam a "pancada" mais adiante.
Já o vereador Neto dos Corredores, tentou pedir a aprovação de uma audiência pública para discutir o assunto, mas foi em vão. A bancada a serviço do prefeito aprovou o projeto, ficando a votação em 8x4. A presidente, que só votaria em casa de empate, se manifestou também contrariamente ao projeto.
Vereadores do lado do Prefeito Paulo Martins votaram favoravelmente ao projeto
Os vereadores também afirmaram que irão recorrer na justiça. Disseram que projetos absurdos, que prejudiquem os servidores públicos não podem ser aprovados pela câmara, e que o prefeito terá de arrumar outra forma de cobrir o rombo que está deixando nas contas públicas da cidade.
fonte portaldeolho.com