Foto: Reprodução/Instagram @raimundojevanilton
O presidente da Associação dos Hemofílicos do Piauí (Ahepi), Raimundo Jevanilton Rodrigues de Andrade, faleceu nesta segunda-feira (21) no Hospital de Urgência de Teresina (HUT), após sofrer um Acidente Vascular Cerebral (AVC).
Jevanilton Andrade tinha hemofilia, que é uma doença genética, onde acontece um distúrbio na coagulação do sangue, o que faz com que a pessoa tenha um sangramento acima do normal.
Segundo o vice-presidente da Ahepi, Fábio Teixeira, ele já estava há alguns dias internado na Unidade de Terapia Intensiva (UTI) do HUT, após ter um AVC.
“Ele estava com a pressão muito alta e teve um AVC, daí ficou internado no HUT na UTI, sendo acompanhado por médicos intensivistas de lá e com o apoio dos hematologistas do Hemopi, que em qualquer situação que envolva hemorragia eles sempre apoiam incansavelmente. Ele estava em um estado muito crítico, sem boa evolução. Vinha sendo monitorado por tomografia para avaliar o sangramento intracraniano. Hoje, por volta de meio dia veio a óbito em decorrência do AVC e Hipertensão Arterial”, informou.
Segundo Fábio Teixeira, essa é uma grande perda para associação, diante da relevância dos serviços prestados por Jevanilton.
“Era uma pessoa magnífica e exemplar, que atuava em prol de todos os hemofílicos do Piauí e tinha destaque reconhecido nacionalmente. Ele representava sempre o Piauí em todos os eventos. Recentemente estávamos desenvolvendo um projeto chamado Hemofilia Descentralizando, que visava levar o conhecimento deste distúrbio da coagulação a todos os profissionais do estado. Era uma pessoa trabalhadora, humilde e gentil que deixou um grande exemplo a ser seguido”, disse o vice-presidente.
Jevanilton Andrade também era membro do Conselho Fiscal Efetivo da Federação Brasileira de Hemofilia.
Hemofilia
Segundo a Fiocruz, quem tem hemofilia tem sangramentos externos, como por exemplo no nariz e na gengiva, mas também tem internos, em locais onde não é possível ver, como no músculos. Os sangramentos podem tanto surgir após um trauma ou sem nenhuma razão aparente. Os cortes na pele levam um tempo maior para que o sangramento pare.
O tratamento é feito com a reposição intra venal (pela veia) do fator deficiente. Mas para que o tratamento seja completo, o paciente deve fazer exames regularmente e jamais utilizar medicamentos que não sejam recomendados pelos médicos.