O crime aconteceu no dia 30 de novembro de 2015, e quase 9 anos depois o principal acusado do duplo assassinato ainda não foi preso
Quase nove anos após o brutal assassinato de Rairane Rocha de Melo e Fernando Henrique Rodrigues, o principal suspeito, Carlos Alberto Almeida Rocha, segue foragido. O crime ocorreu em 30 de novembro de 2015, no povoado Lagoa do Governo, em União, Piauí. Carlos, pai de Rairane e sogro de Fernando, é acusado de matar o casal a facadas.
Conforme depoimentos obtidos pela equipe da Tv band Piauí, uma semana antes do crime, Rairane e Fernando terminaram o relacionamento após uma suspeita de traição. Rairane voltou a morar com os pais, e Carlos aceitou a filha com a condição de que ela não reatasse com Fernando, ameaçando ambos caso retomassem o relacionamento.
Na noite do crime, Carlos soube que os dois se encontravam escondidos na casa de uma das irmãs de Rairane. Armado com uma faca, ele foi ao local e, ao encontrar o casal, atacou Fernando. Rairane tentou intervir e foi atingida no tórax, enquanto Fernando recebeu golpes fatais no pescoço, peito e braço. Rairane morreu no local, e Fernando faleceu a caminho do hospital.
Após o crime, Carlos comunicou a amigos sobre o crime que cometeu e fugiu de moto e permanece desaparecido desde então. Segundo as investigações Carlos Alberto passou dois dias acampado nas margens do Rio Parnaíba por trás de uma plantação de cana de açúcar, os agentes chegaram a realizar diligências no local, mas ele já havia se evadido.
Na época também foi realizado buscas em diferentes cidades do Piauí e Maranhão, mas o suspeito não foi localizado. Em 2023, o Ministério Público obteve um possível endereço em Taguatinga do Sul, Brasília, mas ele não foi encontrado no local. O mandado de prisão segue em aberto até 2035.
Em depoimento uma das filhas do acusado contou que o pai era bastante agressivo e sempre se mostrou contra os relacionamentos das filhas, Andreia Rocha chegou a dizer no depoimento que quando decidiu sair de casa levou uma surra do próprio pai.
A família de Fernando pede por justiça. " Eu sou uma mãe que vivo sofrendo e peço por justiça, vivo sofrendo é uma dor que nunca passa", disse Vera Lucia mãe de Fernando. Eles acreditam que o acusado teve suporte de parentes para conseguir fugir.