Quantidade de mamografias feitas em Teresina supera meta pactuada
Seguindo a recomendação do Instituto Nacional do Câncer (INCA), a Fundação Municipal de Saúde (FMS) alerta mulheres de 50 a 69 anos sobre a importância de realizarem mamografia a cada dois anos. O exame radiográfico é feito através da compressão da mama sobre uma plataforma e objetiva diagnosticar o câncer de mama em sua fase inicial. Somente em 2018 foram realizadas 12.917 mamografias nesse público prioritário na capital piauiense, superando em 18,58% a meta pactuada com o Ministério da Saúde.
No cálculo, considerou-se como numerador a quantidade de mamografias feitas apenas em mulheres residentes em Teresina e na faixa etária de 50 a 69 anos e como denominador o total da população feminina da capital, com a mesma faixa etária, dividido por dois. As fontes dos dados são do Sistema de Informação Ambulatorial do Ministério da Saúde e do censo do IBGE.
De acordo com Sheylla Maranhão, gerente de regulação da FMS, a rede pública de saúde de Teresina possui uma boa oferta do exame de mamografia. “Temos vários estabelecimentos, entre hospitais públicos e privados conveniados ao SUS, que possuem o aparelho mamógrafo. O Centro Integrado de Saúde Lineu Araújo é um desses locais. Precisamos sensibilizar o público-alvo sobre a importância de realizar a mamografia, mesmo que essas mulheres não estejam apresentando sintomas”, afirma.
“Queremos incentivar a adoção de práticas saudáveis para prevenir o câncer de mama, como a realização de atividade física e de alimentação balanceada. Mas também estamos empenhados em aperfeiçoar o rastreamento para diagnóstico precoce dessa doença, através da disponibilização da mamografia na rede do SUS. Sabemos que o diagnóstico e o tratamento em tempo hábil reduz o número de cirurgias mutiladoras e resulta em melhoria de qualidade de vida”, ressalta o presidente da FMS, Charles Silveira.
Para ter acesso à mamografia, prioritariamente, as mulheres de 50 a 69 anos de idade devem se dirigir à Unidade Básica de Saúde (UBS) mais próxima de sua residência. Elas são atendidas pelas equipes da Unidade e o exame pode ser solicitado. Se aparecer alguma alteração suspeita na mamografia da paciente, outros exames são solicitados para fechamento do diagnóstico de câncer de mama. Se for confirmada essa doença, a mulher é direcionada para realizar o tratamento no Hospital Universitário ou Hospital São Marcos.
A oncologista do Hospital São Marcos, Pollyana Cardoso, faz um alerta sobre os fatores de risco para surgimento do câncer de mama. “Há vários fatores que podem contribuir para o aumento do risco de desenvolver a doença, a exemplo da idade avançada, histórico familiar, sedentarismo, mulheres que nunca engravidaram ou nunca amamentaram, mulheres que menstruaram muito cedo ou pararam de menstruar muito tarde e que façam uso de bebida alcóolica”.
A FMS reforça também que, embora não substitua os demais exames médicos, como a mamografia, o autoexame das mamas também pode ser um aliado na detecção do câncer de mama. Os especialistas indicam que a mulher deve conhecer o seu corpo, pegar nas suas mamas, apalpá-las. A melhor época para isso é depois da menstruação. É importante destacar que o ato de apalpar os seios não detecta o câncer de mama em sua fase inicial, mas, se a mulher notar qualquer diferença, deve procurar o médico para avaliação.