segunda-feira, 26 de maio de 2014

TJ julga pedido de indenização de R$ 250 milhões as vítimas de Algodões


TJ julga pedido de indenização de R$ 250 milhões as vítimas de Algodões

Cinco anos após a tragédia do rompimento da barragem Algodões, o Tribunal de Justiça do Piauí julga nesta terça-feira (27) o pedido de indenização no valor de R$ 250 milhões por danos morais e materiais para as vítimas. 


Poderão ser beneficiados 800 famílias dos municípios de Cocal e Buriti dos Lopes. O maior desastre do Piauí ocorreu exatamente no dia 27 de maio de 2009 onde nove pessoas morreram e duas mil ficaram desabrigadas. 

A 2ª Câmara Especializada Cível julgará o pedido de indenização por dano material e moral para as famílias vítimas do acidente. O relator do processo é o desembargador Brandão de Carvalho.

As famílias recebem uma pensão determinada em 2013 pela Justiça, mas aguardam agora a aprovação do pagamento de uma indenização. O processo culpa a Empresa de Gestão de Recursos (Emgerpi) e o Governo do Estado pelo rompimento.


De acordo com o presidente da Associação das Vítimas da Barragem de Algodões, Corsino Medeiros dos Santos, o Ministério Público Estadual, em Cocal, calculou um valor de R$ 250 milhões para ser pago pelo Governo as famílias.

"Nossa intenção é que finalmente exista uma decisão para essas famílias, mas nós não contamos com esse valor calculado. Queremos chegar a um acordo. A Associação já ofereceu ao estado um valor que não chega a 1/4 deste calculado, mas ainda assim não tivemos um acordo", comentou o presidente.

Segundo o presidente, as famílias estão com a pensão atrasada há mais de um ano e a situação é crítica.


"Está tudo complicado, as famílias estão endividadas e vivendo em situação de carência e pobreza", relatou Corsino.

A procuradora do Estado, Lucimeire Sousa, informou que o governo contesta alguns valores, que segundo levantamento, está acima do mercado.

“Esse valor de R$ 250 milhões é hipotético, não existe um valor na ação, mas existe um questionamento também sobre o número de famílias no novo cadastro”, informou a procuradora. 

fonte cidadeverde.com