domingo, 12 de outubro de 2014

"Nosso governo não vai negociar apoio com a Assembléia", diz Margarete


"Nosso governo não vai negociar apoio com a Assembléia", diz Margarete

Em entrevista, Margarete Coelho defende uma relação sem barganha entre o governador Wellington Dias e a Assembleia Legislativa.

A partir de janeiro do próximo ano, o Piauí terá pela primeira vez na história uma mulher ocupando o cargo de vice-governadora. A deputada estadual Margarete Coelho (PP) foi eleita na chapa encabeçada pelo governador eleito Wellington Dias (PT), no domingo, dia 5 de outubro. Em entrevista ao jornal ODIA, a vice-governadora eleita Margarete Coelho defende uma relação sem barganha entre o governador Wellington Dias e a Assembleia Legislativa. O novo governador terá o desafio de governar com minoria na Casa.
Foto: Jailson Soares/ODIA
Para se ter uma ideia, o ex-governador Wilson Martins (PSB) governou com maioria absoluta na Assembleia Legislativa. O atual governador Zé Filho (PMDB) tem o apoio de um número significativo de parlamentares. Mas o governador eleito Wellington Dias (PT) tem até agora apenas o apoio de 10 deputados. Mesmo assim, Margarete garante que será uma relação muito respeitosa.
"É claro que em alguns momentos iremos precisar de maiorias, mas eu tenho ouvido do governador e entendo que os deputados serão tratados de forma igual. Na medida em que você alterar essa ordem, quem é de oposição passa a ser de situação, não se respeita o que as urnas disseram", declara Margarete. 
Mesmo sabendo que é difícil conseguir apoio na Assembleia sem negociar cargos com os partidos, Margarete garante que o governo não negociará apoio. "Nós não vamos negociar apoio. Isso não é bom para democracia e deve acontecer apenas no campo das ideias de forma republicana e assim que será", garante.
Margarete completa que ter oposição é muito importante para uma democracia. "É preciso ter o contraponto. Isso é essencial. Na medida em que uma administração pretende eliminar oposição corre o risco de ser uma administração míope e não ver as questões, não ver as coisas da forma como devem ser vistas. Tudo deve ter um contraponto. Tudo tem que ter o outro lado na democracia", diz. 

fonte portal o dia