quarta-feira, 12 de novembro de 2014

Justiça manda suspender sorteios de empresas investigadas na Operação Trevo


Justiça manda suspender sorteios de empresas investigadas na Operação Trevo

Coordenador de comunicação da PF em Brasília confirmou a informação.

A Justiça Federal determinou a suspensão dos sorteios de todas as empresas investigadas na Operação Trevo, entre elas o Piauí Cap, que sorteia prêmios todos os domingos. A informação é do coordenador de comunicação da Polícia Federal de Brasília, Eliésio Rocha.
Ele está no Recife, capital do Pernambuco, onde funciona a sede da empresa que tem ramificações no Piauí. “Os sorteios estão suspensos em todas as empresas do grupo até o final das investigações”, disse Eliésio, acrescentando que não há prazo definido para a polícia concluir os trabalhos.
Foto: Maria Clara Estrêla/ODIA
Por outro lado, o advogado do Piauí Cap, Igor Cavalcante, alega que não chegou nenhuma determinação judicial para o Piauí, mandando suspender os sorteios, contudo, admite que isso possa ocorrer nesse final de semana devido ao trantorno que a notícia da investigação causou. "Mas reitero que não há irregularidade no Piauí e que as premiações estão sendo entregues conforme o regulamento. O Piauí Cap tem todas as provas de que o dinheiro é entregue. Todos os documentos mostram isso", disse o advogado.
Desde as 6h desta quarta-feira (12) a Polícia Federal do Piauí estava na sede do Piauí Cap, na avenida Frei Serafim. Por volta das 9h40, os agentes da saíram do local com 15 caixas lacradas e identificadas com etiquetas escritas Promobem 2014 e Ativa 2014. Em seguida, alguns policiais apreenderam o cofre do Piauí Cap e levaram para a superintendência da PF no Piauí.
Segundo o delegado Alex Chagas, que coordena a ação no Estado, a Polícia Federal recebeu a ordem na noite de ontem (11) para cumprir um mandado de busca e apreensão. "Todos os documentos serão encaminhados para a sede da PF no Recife", disse o delegado, que não tem detalhes sobre a investigação.
Em entrevista coletiva, a Superintendência Regional da PF no Pernambuco explicou como funciona o esquema comandando pela empresa Pernambuco dá Sorte, com ramificações em oito estado, um deles o Piauí. O dinheiro arrecadado com a compra dos títulos de capitalização deveria ser destinado a instituições filantrópicas, mas grande parte ia para uma Organização da Sociedade Civil de Interesse Público (Oscip) em Belo Horizonte, o Instituto Ativa Brasil.
A entidade seria de fachada para fazer o dinheiro retornar à empresa. “Na contabilidade aparecia que 50% da arrecadação com avenda de títulos era destinada para a instituição filantrópica, mas apenas 1,67% do valor era, de fato, enviado. Com isso, eles faziam uma manobra financeira”, explicou o superintendente Marcelo Diniz, ao G1 Pernambuco.

fonte portal o dia