Secretário nega plano para quebrar o Estado: “Estão fazendo muito barulho”
As dificuldades financeiras do Estado tornaram-se mais evidentes após divulgação de relatório do TCE.
O secretário de Administração, João Henrique Sousa (PMDB), condenou as declarações do deputado estadual Merlong Solano (PT), que denunciou a existência de um possível plano da atual gestão para entregar o Estado falido ao governador eleito Wellington Dias (PT). De acordo com o secretário, os aliados do futuro governo estão fazendo “muito barulho” em torno das dificuldades financeiras da atual gestão.
João Henrique negou as acusações. Segundo ele, o atual governo é feito de piauienses que amam o Estado e jamais agiriam desta forma. “É preciso ir devagar com o andor porque o santo é de barro. Estão fazendo muito barulho. A situação é preocupante, mas não há motivos para isso. O mundo não está acabando. Jamais alguém no governo iria agir dessa forma porque somos piauienses e queremos vê nosso Estado desenvolvido”, declarou.
Foto: Arquivo O Dia
Para o secretário João Henrique, o futuro está fazendo 'muito barulho' em relação à dificuldades financeiras do Estado
As críticas dos petistas se devem principalmente ao fato do Estado ter ultrapassado o limite prudencial da Lei de Responsabilidade Fiscal. No primeiro quadrimestre de 2014, os gastos do Estado com o pagamento da folha de pessoal ficaram em 50,25%, quando o limite máximo previsto na legislação é de 49%. No segundo quadrimestre a redução foi de apenas 0,19%, e continuou acima do recomendado, com despesas de 50,04% com pagamento de servidores.
As dificuldades financeiras do Estado se tornaram mais evidentes depois que o Tribunal de Contas do Estado –TCE - apresentou relatório que aponta algumas irregularidades na atual gestão. De acordo com levantamento realizado pelos técnicos do Tribunal no período de 1º de maio a 30 de setembro de 2014, foram realizadas o total de 1.275 nomeações. O documento alerta que essas contratações estariam em desacordo com a lei já que neste período estava expressamente proibida a realização de novas contratações de servidores.