segunda-feira, 5 de janeiro de 2015

350 detentos se rebelam após morte de preso na Irmão Guido


350 detentos se rebelam após morte de preso na Irmão Guido

Tropa de Choque e a Força Tática do Promorar foram acionadas.


Uma rebelião teve início na tarde desta segunda-feira (05) na Penitenciária Irmão Guido, localizada na BR-316. A Tropa de Choque do Rone e a Força Tática do Promorar foram acionadas para conter cerca de 350 presos envolvidos. O movimento começou em protesto devido à morte de Cleiton Ferreira, que cumpria pena por tráfico de drogas, e não teve o atendimento médico no momento em que precisou.
A rebelião se espalhou pelos pavilhões B, C e D e envolveu quase todos os presos. A situação foi controlada pela tropa de choque da Polícia Militar por volta das 16h. Serão necessários novos cadeados e alguns equipamentos de segurança que foram destruídos pelos detentos durante a rebelião. Ao todo, a penitenciária Irmão Guido possui cerca de 450 detentos. 
Segundo o presidente do Sindicato dos Agentes Penitenciários (Sinpoljuspi), Vilobaldo Carvalho, Cleiton passou mal ainda pela manhã e foi levado para a recepção da penitenciária. Contudo, a viatura tinha saído para levar alguns detentos à Major César, portanto, não tinha como levar o doente ao hospital. "Não havia viatura, por isso os agentes o levaram de volta ao pavilhão. Mas, no começo da tarde, quando as celas foram abertas para o banho de sol, o preso já estava morto. Os demais de revoltaram e começaram a fazer quebra-quebra", disse Vilobaldo.
Cleiton estaria com uma consulta marcada para amanhã (06). A suspeita é de que ele estivesse com a úlcera estourada, o que o levou à morte no início da tarde. A esposa do detento esteve na penitenciária e ficou revoltada com a morte do marido. De acordo com José Roberto, membro do Sinpoljuspi, a mulher relatou que Cleiton estava há pelo menos um ano doente. Como ele cumpria pena há três anos, a doença se manifestou quando o homem já estava no sistema prisional. 
Esse é o terceiro caso de morte dentro do sistema prisional somente nos cinco primeiros dias de 2015. O primeiro caso foi no dia 1º, na Casa de Custódia. Marcelo Alves dos Santos foi morto com barras de ferro. O segundo caso foi registrado na Penitenciária Mista de Parnaíba, no dia 2. Eduardo Alves de Sousa foi estrangulado por seu companheiro de cela, Salurtiano Pereira dos Santos Junior.

fonte portal o dia