Em 2014, foram registradas 175 ocorrências de violência nas escolas de THE
Desse total, 40% são referentes a roubos e furtos.
A violência escolar não é um tema desconhecido para os teresinenses. Dados divulgados pela Companhia Independente de Policiamento Escolar (Cipe) mostram que, apenas em 2014, foram registradas 175 ocorrências nas escolas das zonas urbana e rural de Teresina. Desse total, 40% são referentes a roubos e furtos. Outros casos, como de lesão corporal, ameaças, uso de drogas e até apreensão de armas, também constam no histórico de violência das escolas da Capital.
Ao analisar a pesquisa “Violência nas escolas: o olhar dos professores”, que aprofunda os estudos sobre o tema em âmbito nacional, os dados assustam. De acordo com o relatório, 72% dos professores já presenciaram briga de alunos, 62% foram xingados, 35% ameaçados e 24% roubados ou furtados.
A situação é ainda mais agravante em bairros de periferia, onde 63% dos professores consideram a escola um espaço violento. Para o comandante da Cipe, major Marcos Vinícius, é possível entender o tema em três níveis. “Podemos vislumbrar uma perspectiva da violência a partir de três situações. A violência na escola, que vem de fora do ambiente escolar, por exemplo, as brigas de gangues. Em um segundo nível, temos a violência contra a escola, que se enquadram os casos de depredação do patrimônio público, roubos e furtos. E a violência própria do ambiente escolar, quando acontecem situações de violência do aluno contra o aluno, ameaças do aluno contra o professor, contra um funcionário da escola, entre outros”, elucida.
Entendendo este cenário, o desafio está em encontrar uma forma de melhor combatê-lo. Atualmente, a Cipe possui a sua disposição 30 policiais militares e aparatos necessários para as atividades realizadas, como viaturas, armas, fardamento e demais instrumentos essenciais para efetivar o policiamento escolar.
