Rejane Dias assume Seduc com dívida de R$ 100 milhões e foca modernização de gestão
A primeira-dama Rejane Dias (PT) assume nesta segunda-feira (23), às 11h, no Palácio de Karnak, a Secretaria de Estado da Educação (Seduc). Candidata a deputada federal mais bem votada nas eleições de 2014, ela assume a pasta em momento de reestruturação e estabelece como meta um modelo de gestão mais eficaz, com foco em resultados.
Deputada federal mais bem votada em 2014, Rejane Dias assume Seduc (Foto: Thiago Amaral/Cidadeverde.com)
“O propósito da educação é o ensino, e nossa principal meta é nos tornarmos uma referência em melhoria neste setor. Mas, para atingi-la, precisamos fazer todo o sistema funcionar adequadamente. Isso requer uma gestão profissionalizada, que encontre e supere os entraves na administração da educação para racionalizarmos o uso dos recursos e obtermos os resultados esperados no planejamento”, destaca Rejane Dias.
No comando da Seduc, a petista pretende contar com a parceria de empresas e instituições que auxiliam governos a otimizar a gestão pública. Uma das primeiras medidas será profissionalizar a direção das escolas. As eleições para diretor devem ser retomadas, mas só poderão concorrer professores aprovados em teste para a função, que tenham passado por análise de currículos e cujo currículo conste curso de gestão escolar.
Recuperação
Rejane Dias vai receber a gestão da Seduc do advogado Helder Jacobina, que deu início ao processo de recuperação financeira e estrutural da pasta. A nova administração tenta enxugar mais de R$ 100 milhões em dívidas, recuperar cerca de 460 escolas, garantir a oferta adequada de professores e aumentar as matrículas.
Entre janeiro e março, a Seduc garantiu o pagamento do piso dos professores acima do valor nacional, convocou 700 novos docentes e 34 nutricionistas aprovados em concurso e iniciou negociação com a Secretaria de Estado da Administração para melhorias salariais de servidores administrativos.
Com Helder Jacobina como secretário interino, a Seduc conseguiu destravar mais de R$ 5 milhões em recursos do Ministério da Educação e do Fundo Nacional para o Desenvolvimento da Educação (FNDE). Aproximadamente R$ 45 milhões ainda estão bloqueados por pendências da gestão do ex-governador Zé Filho (PMDB). Com recursos próprios e de convênios com a União, a pasta está recuperando mais de 200 escolas, incluindo a reforma geral do Liceu Piauiense, programada para ser concluída em junho.