sexta-feira, 24 de abril de 2015

Revoltados, motoristas cruzaram os braços após as agressões ao colega


Revoltados, motoristas cruzaram os braços após as agressões ao colega

CONDUZIA ÔNIBUS QUE BATEU em caminhão tanque no ano passado; gerente é acusado

Ele perdeu o filho na tragédia que aconteceu em 2014
O motorista de ônibus da empresa Transbrasiliana, Francisco José do Espírito Santo, que está de licença desde o trágico acidente entre o veículo que conduzia e um caminhão tanque,ocorrido em dezembro de 2014, foi nesta manhã de sexta-feira (24/04) agredido dentro da garagem da empresa. Ele reivindicava a regularização do plano de saúde, tão necessário desde que ocorreu o acidente.
portal esteve na garagem da empresa nesta tarde e conversou com o vice-presidente do Sindicato dos Trabalhadores Rodoviários do Piauí, Ajuri Dias, que foi dar apoio ao funcionário e atendendo o pedido dos motoristas da empresa que cruzaram os braços após a agressão ao colega.
"A empresa está com alguns meses atrasando salários e benefícios, e ano passado houve uma discussão no Ministério Público em relação à questão dos atrasos. Foi elaborado um termo de ajuste de conduta para que a empresa não mais pudesse atrasar o pagamento. Mas o que nos surpreendeu é que eles estão atrasando até o plano de saúde", disse Ajurí.
Ele afirma que parte do valor do plano que é descontado do salário dos trabalhadores não estaria sendo repassado ao plano de saúde. "Aí o plano, que é o Medplan, cortou o atendimento aos trabalhadores", completa o vice-presidente do sindicato.
Motorista ainda tem nas mãos as marcas da tragédia de dezembro passado. As fotos foram registradas pelos colegas de trabalho que estão indignadosMotorista ainda tem nas mãos as marcas da tragédia de dezembro passado. As fotos foram registradas pelos colegas de trabalho que estão indignados
Ajuri relata que nesta manhã o motorista, que além das sequelas por conta da cirurgia na cabeça ainda se recupera de uma depressão diante da perda do filho que morreu carbonizado no acidente, foi à empresa reclamar com um gerente, identificado pelos funcionários apenas pelo nome de Alisson.
"Esse gerente agrediu o motorista e deu um murro no nariz que causou uma fratura. Até levamos ele no hospital, mas teve de ir na Central de Flagrantes", informou ao portal.
Sindicato lamentou a situação extrema envolvendo o funcionário da TransbrasilianaSindicato lamentou a situação extrema envolvendo o funcionário da Transbrasiliana
Por telefone o portal falou com Francisco José do Espírito Santo. Ele confirmou que prestou queixa contra o gerente acusado e que apesar da fratura, não houve nenhuma consequência mais grave. Preferiu não conversar conosco, temendo retaliações ainda maiores.

Nossa reportagem foi até sala do setor de operações da garagem da Transbrasiliana localizada no bairro Cidade Nova tentar conversar com alguém para se posicionar pela empresa, mas ninguém no local se disse autorizado a falar. Pedimos a indicação de um contato telefônico, que também não foi fornecido.
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fonte 180graus.com