segunda-feira, 18 de maio de 2015

Delegados rebatem governo: não somos responsáveis pela crise


Delegados rebatem governo: não somos responsáveis pela crise

O Sindicato dos Delegados da Polícia Civil emitiu uma nota na tarde desta segunda-feira (18) afirmando que a categoria não é responsável pela crise financeira do Estado e que não está tratando com o governo um novo aumento, e sim o que está previsto em lei. A resposta é em relação a declarações do secretário de administração, Franzé Silva, que concedeu entrevista na manhã de hoje à TV Cidade Verde.

O sindicato diz na nota que a carreira de delegado é jurídica, como magistrados, procuradores, promotores e defensores, sendo que, dentro desse contexto, recebem o salário mais baixo dentre as demais. “Contudo, todas são de suma importância para o Estado. Acontece que o valor que percebem não é o cerne da questão, e sim o calote que está sendo dado, não só aos delegados, mas a várias categorias que compõem o Estado”, afirma.
Afirmando que a paralisação do dia 25 está mantida, o Sindepol relata no documento péssimas condições de trabalho, como apenas 30 delegados para responder por 223 municípios. “De maneira ilegal, pois, somente uma lei, de iniciativa do Exmo. Sr. Governador, poderá resolver esta situação, sendo ainda necessária a nomeação de novos delegados, para suprir o fosso mínimo de 89 cargos, já criados desde 2004 e, ainda hoje, vagos. Acrescente-se que não possuímos armamento, munições, viaturas, combustível, e, principalmente, agentes e escrivães para atender a demanda, fato este público, notório e já sentido pela população”, afirma a nota assinada pela delegada Andrea Magalhães, diretora da entidade.
Ainda de acordo com o sindicato, há também por parte do governo, remoções ilegais que asseveraram o caos no interior, além de presos nas delegacias. “Falta de diálogo satisfatório com a atual gestão e tratamento diferenciado, exemplo, há anos não há promoção na Polícia Civil, fato recorrente em outras carreiras policiais, embora também merecedoras”, finaliza a nota.
Leia na integra:
A respeito das declarações do Secretário de Administração dadas hoje pela manhã em uma emissora de televisão local, o SINDEPOL vem esclarecer que não está tratando de novo reajuste salarial, e sim do não cumprimento da penúltima parcela, fixada em lei, ainda na gestão do ex-governador Wilson Martins, há três anos.
A Assembleia Legislativa aprovou em lei a PEC que estabeleceu o teto do Judiciário para os delegados, auditores e controladores. Referido teto não representa nenhum aumento ao salário, apenas determina o valor máximo que o delegado pode um dia ganhar. Atualmente, os delegados do Piauí não ganham nem a metade do valor do teto, ora aprovado.
A carreira de delegado é jurídica, como magistrados, procuradores, promotores e defensores, sendo que, dentro desse contexto, recebem o salário mais baixo dentre as demais, contudo, todas são de suma importância para o Estado. Acontece que o valor que percebem não é o cerne da questão, e sim o calote que está sendo dado, não só aos delegados, mas a várias categorias que compõem o Estado.
O SINDEPOL anseia que fique bem claro que a crise não foi instalada só pelo não cumprimento do pagamento da parcela de reajuste, ora previsto em lei, este foi só o estopim diante de várias pautas esgotadamente denunciadas e não atendidas.
Lembremos que pouco mais de 30 (trinta) delegados estão sendo obrigados a responder por 223 municípios, de maneira ilegal, pois, somente uma lei, de iniciativa do Exmo. Sr. Governador, poderá resolver esta situação, sendo ainda necessária a nomeação de novos delegados, para suprir o fosso mínimo de 89 (oitenta e nove) cargos, já criados desde 2004 e, ainda hoje, vagos.
Acrescente-se que não possuímos armamento, munições, viaturas, combustível, e, principalmente, agentes e escrivães para atender a demanda, fato este público, notório e já sentido pela população.
Junte-se remoções ilegais, que asseveraram o caos no interior, presos nas delegacias, falta de diálogo satisfatório com a atual gestão e tratamento diferenciado, exemplo, há anos não há promoção na Polícia Civil, fato recorrente em outras carreiras policiais, embora também merecedoras.
Portanto, por tudo exposto, a paralisação dos Delegados de Polícia Civil está mantida, e iniciará no dia 25 de maio (segunda-feira).
Estamos lutando pelo aparelhamento da Polícia Judiciária e por uma sociedade mais segura. Eis que, aguardamos um canal de comunicação direto com o Governador Wellington Dias.
Teresina, 18 de maio de 2015.
A DIRETORIA

fonte cidadeverde.com