terça-feira, 11 de agosto de 2015

Soldado presta depoimento no QCG por suposto envolvimento no caso de Castelo


Soldado presta depoimento no QCG por suposto envolvimento no caso de Castelo

O subcomandante da Polícia Militar, coronel Lindomar Castilho, informou que o soldado Antônio Elias Mota Júnior, que prestou depoimento no QCG nesta terça-feira (11), foi notificado de que estaria sendo investigado por suposta incitação à violência em Castelo que teria culminado no estupro coletivo. O documento com a citação chegou à PM, através da Defensoria Pública, e nele há depoimentos dos adolescentes, áudios e vídeos com a suposta participação do militar em crimes que desencadearam um estupro coletivo ocorrido no dia 27 de maio.

Castilho diz que em depoimento o soldado negou as acusações e diz que foi cometida uma injustiça contra si. Também afirmou não saber o porquê dessa injustiça e que vai provar sua inocência no final do processo. “Foi aberto um inquérito policial para apurar o fato. No documento enviado pela Defensoria, resumidamente, consta que o soldado Elias teria chamado os menores e oferecido a quantia de R$ 2 mil para que eles causassem o terror na cidade, provocando um clima de intranquilidade. No depoimento (dos adolescentes), consta que o soldado teria feito a proposta aos menores por causa de sua transferência de Castelo para Campo Maior. E ele, inconformado, queria que todos sentissem falta dele na cidade. O que justificaria a proposta”, declarou o coronel.
“Talvez por conhecer esses menores, ele possa ter oferecido a quantia. Então é preciso que isso seja minuciosamente investigado para apurar se houve realmente o envolvimento do soldado no caso”, acrescenta.
Segundo o coronel, Elias admitiu que conhecia os quatro garotos por estes terem cometido várias infrações na cidade. O soldado seria o responsável pela apreensão de Gleison Vieira da Silva, adolescente que confessou o ato e apontou os outros três e o maior de idade Adão de Sousa, como também participantes do crime. O militar atuava em Castelo há mais de cinco anos. 
Advogado diz que não há provas idôneas
O advogado do soldado Antônio Elias Mota Júnior, 39 anos, garantiu que não tem provas idôneas do envolvimento dele no caso de Castelo.  O advogado Anderson Cleber Sousa disse que foi aberto o inquérito policial para investigar o envolvimento do PM, através de um ofício enviado pela Defensoria Pública do Piauí, no qual constam áudios, vídeos e depoimentos que supostamente apontariam a ação do Elias no crime ocorrido em Castelo. 
“Nos documentos enviados pela Defensoria Pública como os áudios, não é possível identificar a voz do meu cliente e os depoimentos não são claros com relação a participação dele no caso. A defesa vai solicitar o ofício enviado pela Defensoria Pública, para analisar em detalhes e pedir o fechamento do inquérito policial porque ele representa uma prova ilícita de incriminação do soldado. Se for o caso, de ele chegar a ser preso, vamos solicitar o habeas corpus”, destacou o advogado.
O advogado garante que o soldado tem desempenho exemplar dentro da corporação e que ele continua desempenhando funções administrativas internas, mas não está detido, já que a polícia prefere resguardá-lo durante essa investigação. 

 fonte cidadeverde.com