Polícia confirma que filho de PM é o dono de empresa de segurança em Castelo
Defensoria diz que PM teria oferecido R$ 2 mil para que Gleison aterrorizasse a cidade. A ideia era promover a empresa e sentir-se necessário para a segurança. Policial nega
PM Elias Júnior (Foto: Reprodução/Facebook)
Em entrevista exclusiva ao Jornal Agora, da Rede Meio Norte, o policial militar Elias Júnior, apontado como suposto mandante da barbárie em Castelo do Piauí, confirmou nesta terça-feira (11) que a empresa de segurança noturna que presta serviços na cidade é de propriedade de seu filho, identificado como Romário Mota.
O subcomandante da Polícia Militar, coronel Lindomar Castilho, também confirmou a informação e garantiu que a PM investiga as acusações feitas pela Defensoria Pública envolvendo o nome do militar.
"Romário é o filho dele, dono da empresa de segurança noturna. A denúncia é grave e vamos apurar com o rigor necessário. Nós da Polícia Militar temos o total interesse em apurar esse caso", ressaltou.
EMPRESA DE SEGURANÇA
Uma das vertentes sobre o caso aponta para a suposta tentativa de promover a empresa de segurança na cidade. A ideia seria de passar uma sensação de insegurança e medo na população, ao passo que a prestação dos serviços seriam essenciais para o bem-estar da cidade. Atualmente Castelo do Piauí conta com apenas três policiais militares.
Uma das vertentes sobre o caso aponta para a suposta tentativa de promover a empresa de segurança na cidade. A ideia seria de passar uma sensação de insegurança e medo na população, ao passo que a prestação dos serviços seriam essenciais para o bem-estar da cidade. Atualmente Castelo do Piauí conta com apenas três policiais militares.
A empresa de segurança, que segundo Elias Júnior é uma associação, seria de "propriedade do Sr. Romário". "Romário é o filho dele", reafirmou o subcomandante Lindomar Castilho. A empresa atua apenas no turno da noite e faz segurança particular.
TRANSFERÊNCIA PARA CAMPO MAIOR
Outra vertente apresentada pela Defensoria Pública, aponta que o militar estaria insatisfeito com a transferência. Há mais de cinco anos em Castelo, ele foi transferido para Campo Maior dois dias após o estupro coletivo.
Outra vertente apresentada pela Defensoria Pública, aponta que o militar estaria insatisfeito com a transferência. Há mais de cinco anos em Castelo, ele foi transferido para Campo Maior dois dias após o estupro coletivo.
"Um dia você lotado no A, outro dia lotado no B. Quando fui transferido para Campo Maior eu já estava trabalhando lá. Mas, para quem trabalha em cidade pequena e quer crescer é complicado. Em Castelo não tem gratificação policial", afirmou durante a entrevista.
Elias Júnior foi o primeiro agente da Segurança Pública do Estado a chegar ao local do crime, e foi o responsável por efetuar a prisão de Gleison Vieira da Silva, de 17 anos, apontado pela Defensoria e pelos outros três menores como único autor dos atos infracionais.
DONO DE RÁDIO E PORTAL
Elias Júnior além de policial militar é proprietário da rádio Mutirão FM 99,5 MHz e do Portal Castelo. Um de seus filhos, o comunicador Ronaldo Mota, gerencia os veículos. Informações veiculadas por alguns sites do interior revelam que o PM se utilizava desses veículos para agredir desafetos ou fazer intimidações para adversários políticos.
Elias Júnior além de policial militar é proprietário da rádio Mutirão FM 99,5 MHz e do Portal Castelo. Um de seus filhos, o comunicador Ronaldo Mota, gerencia os veículos. Informações veiculadas por alguns sites do interior revelam que o PM se utilizava desses veículos para agredir desafetos ou fazer intimidações para adversários políticos.
Operando clandestinamente, o militar já foi inclusive investigado pela Corregedoria após ser identificado como proprietário da rádio.