Propinagem: servidores da Sefaz teriam recebido um milhão e duzentos mil reais
Informação foi levantada após análise fiscal realizada pelo Laboratório de Tecnologia contra a Lavagem de Dinheiro.
O Grupo de Repressão ao Crime Organizado identificou que os servidores da Sefaz-PI, presos na Operação Propinagem deflagrada em 13 de julho de 2015, podem ter recebido cerca de R$ 1.200.000,00 (um milhão e duzentos mil reais) em propina, sem qualquer tipo de declaração.
A informação foi levantada após análise fiscal realizada pelo Laboratório de Tecnologia contra a Lavagem de Dinheiro da Polícia (LAB-LD/PC-PI) e considera apenas o período entre os anos de 2012 e 2014.
Nas contas de relacionamento bancário de um dos indiciados, por exemplo, foi identificada uma movimentação financeira cinco vezes maior que o salário de servidor da Fazenda estadual.
A análise realizada pelo laboratório, sob a coordenação do delegado Rodrigo Morais, foi feita a pedido do GRECO com determinação do juiz Luís Moura, da Central de Inquérito.
Entenda o caso
No dia 13 de julho, a Polícia Civil do Piauí deflagrou a Operação Propinagem para prender técnicos e empresários integrantes de um esquema de pagamento de propina dentro da Secretaria de Fazenda. O grupo atuava em postos fiscais localizados em cidades como Pedro II, Juazeiro do Norte (Ceará), Teresina e Piripiri permitindo que caminhões das empresas que pagassem por fora passassem sem qualquer fiscalização ou cobrança de impostos. Em alguns casos, os técnicos rasgavam os bilhetes de dados das cargas que permitiriam o cálculo do imposto previsto em lei. Ao todo, 15 pessoas foram presas.
