quinta-feira, 29 de outubro de 2015

SESAPI deixa faltar medicamentos e compra sem licitação


SESAPI deixa faltar medicamentos e compra sem licitação

SECRETÁRIO ASSINOU contratos de R$ 4 milhões com onze laboratórios e distribuidores

Enquanto muitos cidadãos estão com dificuldades para a recuperação de seu estado de saúde física e mental, devido à falta de medicamentos na Farmácia de Medicamentos Excepcionais, a Secretaria Estadual de Saúde recebe pressões por todos os lados por causa do mau planejamento que impediu a finalização da licitação para a compra de medicamentos. O medo de isso acontecer já existia, quando a SESAPI anunciou que iria fazer uma “otimização” na lista de remédios, reduzindo de mil para 600 medicamentos em sua lista. O resultado é que, os medicamentos estão faltando, a licitação não foi concluída e a SESAPI se viu “obrigada” a comprar R$ 4 milhões diretamente dos laboratórios, sem licitação.

Vários extratos de compras de medicamentos, através de dispensa de licitação, foram publicados no Diário Oficial do Estado do dia 09 de setembro. Os valores mais baixos são de pacientes que conseguiram decisões judiciais para garantir os tratamentos. Mas, a maioria dos contratos foi justamente para atender a Farmácia de Medicamentos de Dispensação do Componente Especializado (FMDCE).
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Em meio a uma situação de caráter emergencial (com dispensa de licitação), o secretário e Saúde, Francisco Costa, assinou contratos com 11 laboratórios e distribuidores. Os campeões das compras da SESAPI são os laboratórios JANSSEN-CILAG FARMACÊUTICA LTDA, que assinou contratos que somam R$ 1,2 milhãoo o ABBVIE FARMACEUTICA LTDA, que assinou contratos de R$ 930 mil. O Majela Hospitalar vai fornecer R$ 468,2 mil em medicamentos. Já o Grupo Jorge Batista assinou contrato de R$ 437 mil.

Confira a baixo, a lista com os valores dos contratados publicados no dia 09 de setembro:
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O Ministério Público do Piauí, através dos promotores Cláudia Seabra e Eny Marcos pontes, tem cobrado o secretário Francisco Costa para não deixar faltar medicamentos. Ele culpa a “burocracia” pela demora na conclusão da licitação. Francisco Costa informou à imprensa após a cobrança do MP que o problema não seria a “falta de dinheiro”.

O problema é que o secretário prometeu agilizar a aquisição de medicamentos até o final do ano. Mas, pra quem está doente e na fila, é difícil ficar esperando.

fonte gp1