Urgência e emergência causou rombo de R$ 13,6 milhões no Iapep
Diretora do Iaspi estima que o gasto extra é de R$ 800 mil por mês, em média.
Nos últimos 17 meses, o Iaspi (antigo Iapep), acumulou um rombo de aproximadamente R$ 13,6 milhões somente com os atendimentos de urgência e emergência. A estimativa é da diretora-geral do Instituto de Assistência à Saúde do Servidor do Estado do Piauí (Iaspi), Daniele Aita.
A ampliação da cobertura foi determinada pelo ex-governador Zé Filho (PMDB) e começou a valer a partir de maio de 2014. “Em média, o gasto extra é de R$ 800 mil por mês para urgência e emergência. Esse valor é variável e às vezes aumenta devido aos casos de virose, que tornam mais frequente a procura pelo pronto atendimento”, afirma Daniele Aita.
Antes, os beneficiários do Iapep/Plamta e seus dependentes tinham que pagar a consulta quando precisavam de pronto atendimento. Na época em que houve a ampliação da cobertura, já estava prevista em decreto a cobrança de coparticipação, embora não tenha sido regulamentada.
O reajuste de 15% na tarifa do Plamta e a definição de 50% de coparticipação nos atendimentos de urgência e emergênciaforam publicados nesta quarta-feira (14) no Diário Oficial. Para consultas e exames eletivos permanecerá sendo cobrada a taxa de 10% do serviço utilizado.
A diretora do Iaspi argumenta que as mudanças foram necessárias devido ao aumento da cobertura e à inclusão de novos procedimentos, como home care e a possibilidade de incluir parentes de 3º grau como dependente. “Esses serviços foram oferecidos sem haver previsão orçamentária. O déficit atual é de 15% a 20%”, disse Daniele Aita.
As novas tarifas já estão sendo cobradas de forma retroativa desde 1º de setembro. A taxa de coparticipação a ser paga pelo servidor é de acordo com a tabela repassada pelo Iaspi à rede credenciada. Uma consulta no pronto atendimento, por exemplo, custa R$ 60,00. O beneficiário pagará, portanto R$ 30,00.
Mesmo com as novas tarifas, o déficit do Iaspi não será totalmente resolvido, mas a direção do Instituto garante que haverá maior equilíbrio financeiro. As medidas atuais ainda poderão ser revistas se houve maior orçamento.
