quarta-feira, 9 de dezembro de 2015

Audiência de custódia solta casal suspeito de maltratar criança e delegado desabafa


Audiência de custódia solta casal suspeito de maltratar criança e delegado desabafa

O casal suspeito de maltratar uma criança de quatro anos já está em liberdade. Leila e Erinaldo, como foram identificados, foram soltos após uma audiência de custódia na tarde desta quarta-feira (9). A mulher é mãe da criança, que está internada em estado grave no Hospital de Urgência de Teresina (HUT).
Segundo o delegado que acompanha o caso, Jetan Pinheiro, o casal foi solto por falta de provas, já que foram autuados em flagrante por violência e maus-tratos. "Nesse caso cabe a liberdade provisória", afirmou o delegado ao portal.
O Conselho Tutelar de Teresina informou que a menina tem deficiência auditiva,  pode ter sido estuprada e estava sem comer havia quatro dias.  "Como não teve a comprovação do estupro, o juiz liberou", disse o delegado em meio a uma revolta. "Eu discordo. Para mim tinha que ficar preso. Nosso trabalho a gente fez", desabafou.
O delegado disse que aguarda o resultado do laudo e, se comprovado o crime de estupro, vai pedir a prisão preventiva dos envolvidos. "A pena vai de 8 a 15 anos, fora isso essa criança vinha sendo agredida há muito tempo. Ela sofre da síndrome da criança espancada. É uma doença", ressaltou.
Jetan afirmou ainda que não teve acesso por completo ao que foi acordado na audiência de custódia que soltou o casal, no entanto, os dois suspeitos estão impedidos de chegar perto da menina. "Uma medida cautelar diz que eles não podem se aproximar da criança", explica o delegado.
O padrasto e a mãe da garota foram presos em flagrante por policiais do 9º Batalhão de Polícia Militar (BPM). O caso foi descoberto após denúncias ao Conselho Tutelar. A menina tem outros cinco irmãos, que não apresentaram sinais de maus-tratos. O mais velho é um menino de sete anos e o mais novo um bebê de apenas nove meses. Nenhum dos irmãos possui deficiência, apenas a menina, que é surda. 
Ainda não há previsão de alta hospitalar para a criança que, ao sair, deverá permanecer sob guarda da avó paterna. O destino das outras crianças ainda será decidido. A menina foi resgatada na Vila São José.
fonte cidadeverde.com