No Piauí, 13 municípios concentram casos suspeitos de microcefalia
Até o dia 6 de dezembro, o Estado notificou 36 casos suspeitos de microcefalia associados ao vírus zika.
A Secretaria Estadual de Saúde relacionou os municípios onde foram registrados os 36 casos suspeitos de recém-nascidos com microcefalia associada ao vírus zika, transmitido pelo mosquito aedes aegypti.
Segundo a pasta, os bebês nasceram nos seguintes municípios: Barras, José de Freitas, Teresina, Cocal, Castelo do Piauí, São João da Serra, Ribeiro Gonçalves, Nossa Senhora dos Remédios, Piripiri, Betânia, São João dos Patos, Nazária, Campo Maior.
Até o dia 6 de dezembro, o Estado notificou 36 casos suspeitos de microcefalia associados ao vírus zika, além de um óbito de recém-nascido sendo investigada a relação com o vírus zika.
Com o objetivo de sensibilizar os gestores públicos acerca da gravidade da epidemia de microcefalia, a Sesapi reuniu nessa quarta-feira, 9, secretários municipais de Saúde, diretores da rede hospitalar estadual e de maternidades, além de diretores de hospitais de Teresina para sensibilização sobre microcefalia.
Na reunião, foram debatidos o protocolo para o diagnóstico da doença e para o acompanhamento das gestantes e dos bebês, bem como as ações de vigilância ambiental voltadas para o controle do vetor Aedes aegypti.
A oficina teve esclarecimentos sobre o último Boletim Epidemiológico emitido nesta terça-feira, 8, pelo Ministério da Saúde, quando foi apresentado o protocolo emergencial de vigilância e resposta aos casos de microcefalia relacionados à infecção pelo zika.
O objetivo do documento é passar informações, orientações técnicas e diretrizes aos profissionais de saúde e equipes de vigilância. Ele contém orientações como a definição de casos suspeitos de microcefalia durante a gestação, durante o parto ou após o nascimento; critérios para exclusão de casos suspeitos; sistema de notificação e investigação laboratorial; orientações sobre como deve ser feita a investigação epidemiológica e sobre o monitoramento e análise dos dados.
Por fim, o protocolo traz informações sobre o reforço do combate ao mosquito aedes aegypti.
Seguindo recomendação do Governo Federal, a Secretaria de Saúde instituiu o Comitê de Operações Emergenciais em Saúde Pública no Piauí – Microcefalia, que já definiu o fluxograma de atendimentos aos casos suspeitos, além de ter implantado o Centro de Referência de Microcefalia, que funciona no Instituto de Perinatologia Social do Piauí, na Maternidade Dona Evangelina Rosa (MDER).
O Centro de Referência de Microcefalia está capacitado para realização de consultas e avaliações com pediatra, neuropediatra, neurocirurgião, neonatologista, oftalmologistas, fisioterapeuta e obstetra. Assim como os exames complementares, como triagem auditiva e de fundo de olho. Já a tomografia computadorizada é realizada no Centro Integrado de Reabilitação (CEIR).
Quanto ao fluxograma, o protocolo aponta o caminho que mães e bebês percorrerão na rede hospitalar estadual, desde o nascimento do bebê com suspeita de microcefalia até o fechamento do diagnóstico da doença e encaminhamento para aconselhamento e investigação específica.
Os procedimentos são realizados pelo Sistema Único de Saúde (SUS), e, portanto, são gratuitos. Assim que o recém-nascido é notificado com suspeita de microcefalia, é encaminhado para o hospital de referência do Estado, a Maternidade Dona Evangelina Rosa (MDER), onde passa por uma investigação diagnóstica.
A investigação inclui uma série de exames físicos e de anamnese, por meio dos quais é possível avaliar a extensão do comprometimento do desenvolvimento da criança.