Mulheres agredidas denunciam que PMs ignoram pedido de socorro
É crescente o número de vítimas que chegam à Delegacia da Mulher revoltadas com a postura de policiais militares diante de um flagrante de violência ou iminência de feminicídio.
Os mulheres se queixam que PMs simplesmente ignoram o pedido de socorro. A mais recente reclamação foi presenciada pelo portal ao acompanhar o caso de uma garçonete que foi espancada no bairro Promorar, zona Sul de Teresina.
Ela relatou que o ex-marido não aceitou o fim do relacionamento e o perseguia. Anteontem, ele conseguiu arrombar a janela da casa dela e a pegou pelo cabelo batendo violentamente seu rosto contra a parede. Da violência, a mulher quase perdeu o olho e foi ferida nos cílios. A vítima foi levada ao hospital e levou quatro pontos no rosto.
“Eu pedi socorro aos policiais, apontei onde o agressor estava e eles não fizeram nada, ignoraram. Eu pedi pelo menos para eles me levarem ao hospital”, disse a vítima.
O agressor apontado é seu ex-marido, o pedreiro José Rodrigues da Silva Filho, 30 anos. Após tomar conhecido da violência, a delegada Vilma Alves, titular da Delegacia da Mulher do Centro, tomou as providências e o pedreiro foi preso em um bar.
A delegada Vilma Alves classificou como um “boicote” as mulheres e disse que irá procurar o comandante da Polícia Militar para relatar os incidentes.
“Devido à proximidade, as mulheres violentadas procuraram primeiro os policiais militares e se eles estão sendo omissos em fazerem os flagrantes temos que tomar uma providência”, disse a delegada.
“Devido à proximidade, as mulheres violentadas procuraram primeiro os policiais militares e se eles estão sendo omissos em fazerem os flagrantes temos que tomar uma providência”, disse a delegada.
Outro caso relatado na delegacia foi da mulher que sofreu tentativa de homicídio com 15 facadas e ficou numa cadeira de rodas. O caso foi no bairro Três Andares, zona Sul de Teresina. Ela contou que também pediu ajuda da polícia militar e não foi ouvida.