Greve dos bancários continua por tempo indeterminado no PI
Já são 21 dias de paralisação geral dos bancários em todo o Brasil. No Piauí, são 143 agências paralisadas e o Sindicato dos Bancários do Piauí informou nesta terça-feira (27) que a greve continua por tempo indeterminado até que o mínimo das suas reivindicações sejam atendidas.
Nesta terça, haverá uma reunião na cidade de São Paulo entre a categoria dos bancários e a Federação Brasileira de Bancos para mais uma rodada de negociação. A última proposta feita pela Federação Nacional dos Bancos (Fenaban), no dia 9 de setembro, foi de reajuste salarial de 7% e abono de R$ 3.300 (para ser pago de uma única vez).
A categoria pede aumento de 15% (5% de incremento real acima da inflação, que está com índice de 10%), além de melhoria nas condições de trabalho, segurança nas agências, mais contratações, fim do assédio moral e das metas abusivas, maior participação nos lucros, dentre outras reivindicações.
O vice presidente do Sindicato dos Bancários, Odali Medeiros, diz que por não haver, até agora, avanço nas negociações, a greve segue. “Não houve avanço, por intransigência, porque os banqueiros sabem sobre a data do nosso dissídio, que garante reajuste e estamos pedindo apenas o que já está previsto na legislação”, reivindicou Odali Medeiros.
São 143 as agências e postos bancários que estão com atendimento bancário paralisado: Banco do Brasil: 59; Caixa Econômica Federal: 46; Banco do Nordeste do Brasil (BNB): 16; Bradesco: 7; Santander: 7; Itaú: 6; HSBC: 2.
O vice-presidente garantiu que 30% dos serviços de atendimentos nas agências bancárias do Estado estão sendo mantidos. “O serviço de compensação está funcionando, acho que dá mais de 50%. Queremos não só a questão salarial, mas a segurança bancária. Estamos vendo, a nível naciaonal, ataques de bandidos aos bancos e explosões, e os banqueiros, que têm ganhos bilionários, não tem preocupação com a segurança dos servidores bancários”.
Ele lembrou também que agências que passam por explosões, chegam a ficar, às vezes, até mais de um mês sem funcionar, prejudicando o andamento dos serviços bancários na região e atingindo principalmente as camadas mais pobres.
"A greve vai continuar, até eles darem, no mínimo, um reajuste que supere a inflação, e obedeçam a outras cláusulas, como de segurança e o projeto de lei que beneficia a categoria. Queremos que eles respeitem e nos ajudem”, finalizou o vice-presidente.