Themístocles discorda de governador sobre postura junto ao governo Michel Temer
O presidente da Assembleia Legislativa do Piauí (Alepi), Themístocles Filho (PMDB), saiu em defesa do presidente Michel Temer e discordou da forma como o governador Wellington Dias (PT) está conduzindo as estratégias para enfrentar a crise junto ao governo federal. O petista lidera um grupo de governadores do Norte, Nordeste e Centro-Oeste que tenta ser recebido pelo Palácio do Planalto para discutir a renegociação da dívida dos estados e as constantes quedas nos repasses.
"A presidenta Dilma saiu há poucos dias do governo, esculhambou há poucos dias? Eu acho que não é desse jeito. Não devemos procurar quem é responsável", disse durante entrevista ao Jornal do Piauí.
Ontem, o governador admitiu que o Estado poderá sofrer dificuldades financeiras, caso não haja uma ajuda do governo Michel Temer. Ele disse que os governos vão esperar o final do período eleitoral para tentarem um entendimento com o presidente da República sobre a liberação dos recursos reivindicados no valor de R$ 7 bilhões.
Segundo Themístocles, o tão esperado encontro com Temer vai acontecer após o pleito eleitoral. O próprio presidente da Alepi disse que já esteve com o presidente duas vezes e que pediu a audiência com o governador do Piauí.
"Eu tenho amizade com o presidente há 25 anos. Eu já disse para ele receber o governador do Estado, que fica mais fácil encontrar uma solução. Isso vai acontecer após as eleições. O governador está correndo por conta das eleições e essa reunião deverá acontecer em 10 dias, comigo, o governador e os senadores", ressaltou.
Destacando que seu partido é o Piauí, Themístocles disse que o Estado está acima de todos os interesses e o que o próprio governador é quem deve levar as demandas ao presidente. "O Piauí está cima de todos os interesses, já estive com o presidente duas vezes mostrando que é necessário que ele receba o governador do Estado. Quem mais deve levar essa proposta de desenvolvimento é o governador", afirmou, citando a situação financeira de outros estados.
"Olhe para o Rio de Janeiro. A situação não é boa. A Petrobras tinha muitos investimentos e hoje não tem mais lá. Outro estado que a situação não é boa é o Rio Grande do Sul. Tem vários estados frágeis que necessitam de um apoio do governo federal. O Brasil não vai bem. É necessário o diálogo, o entendimento", concluiu.