terça-feira, 10 de janeiro de 2017

"Não é mais um bom negócio ser empresário de ônibus em Teresina", revela diretor do Setut

"Não é mais um bom negócio ser empresário de ônibus em Teresina", revela diretor do Setut

Marcelino Lopes diz que o bom era que a passagem de ônibus em Teresina custasse R$ 2 reais

“Duas empresas de ônibus já quebraram nos últimos meses em Teresina e as outras não foram vendidas ainda porque ninguém quer comprar. A nossa está à venda, me indique um comprador”. A frase é de Marcelino Lopes, diretor administrador do Sindicato das Empresas de Transportes Urbanos de Passageiros de Teresina (Setut), ao taxar as manifestações que resultaram em incêndio e depredação de ônibus,  como abusivas, desordeiras e criminosas.
Marcelino Lopes
Marcelino Lopes
O ônibus queimado nessa segunda-feira (09/01), na Avenida Frei Serafim, Centro de Teresina era avaliado em R$ 400 mil. “Mas quem queimou vai pagar. Ah se vai! Se não pagar em dinheiro, pagará sendo preso”, disse Marcelino Lopes, afirmando que todos os organismos policiais foram acionados e terão que apresentar uma resposta.
Marcelino Lopes diz que o bom era que a passagem de ônibus em Teresina custasse R$ 2 reais. “O problemas são os custos que os empresários têm. O ônibus roda com diesel, gasta pneus, peças, tem o salário, encargos e os impostos. Já foi um grande negócio ser empresário de ônibus em Teresina, hoje estamos no vermelho. Só está no negócio quem não conseguiu sair e não aparece quem queira entrar. E eu digo mais: se o prefeito não tem autorizado essa reposição da tarifa agora, todas as empresas que operam em Teresina iriam quebrar”.
A desoneração de impostos é vista por Marcelino Lopes como uma saída para a redução no preço das passagens. Ele diz que caso o Governo do Estado desonere o ICMS, por exemplo, a tarifa reduziria em R$ 0,12 centavos. Se houvessem mais desonerações, cairia mais ainda. “Alguns Estados estão seguindo esse caminho. Esse também deve ser o nosso”.
O Sindicato dos Empresários de Ônibus está propondo uma ampla discussão sobre o sistema de transportes coletivos em Teresina. “É preciso que todos sentem à mesa de forma clara e transparente. Não existe nenhuma caixa preta nessa história. Temos todo o interesse. Tudo se aumenta e ninguém diz nada, quando se fala em aumento no preço da passagem de ônibus aparecem grupos se manifestando. O estudante não foi atingido por essa reposição, a meia ficou congelada. O trabalhador recebe vale transporte. Quem é mesmo que está por trás desse pequeno grupo que se manifesta de forma criminosa?’, pergunta Marcelino.

fonte www.portalaz.com.br