O hospital já foi mantido pela Secretaria de Saúde do Estado, mas se tornou municipal e agora depende dos recursos do município para funcionar
Com cerca de 2.500 mil atendimentos por mês, o Hospital Municipal Nilo, em Castelo do Piauí, passa por momentos nada agradáveis. Estrutura precária e falta de recursos estão entre as mais preocupantes. “Se formos enumerar, os problemas são muitos. Mas a grande dificuldade hoje é manter toda essa estrutura funcionando”, reclama o prefeito Magno Soares.
O hospital já foi mantido pela Secretaria de Saúde do Estado, mas se tornou municipal e agora depende dos recursos do município para funcionar. Com área clínica, ambulatorial, de ortopedia e parto, a unidade de saúde de Castelo do Piauí atende demandas de cidades vizinhas, no entanto, não conta com a ajuda financeira desses municípios.
“Na prática o hospital é regional. Atende sete municípios vizinhos. Mais da metade dos atendimentos que realizamos são da população dos municípios vizinhos. Alguns procedimentos que realizamos são arcados pelo Estado. Mas a tabela SUS é ultrapassada. Por exemplo, qualquer injeção que aplicarmos aqui, o SUS repassa 60 centavos. Mas tem injeção que custa 15 reais”, esclarece Daniel Machado, diretor do Hospital Nilo Lima.
Além de recursos, a direção reivindica ainda uma reforma na estrutura física do local. “Nosso prédio é antigo, da década de 80, quando não se levava em conta alguns aspectos, como acessibilidade. Nossas portas são de 60 centímetros. Como um cadeirante vai ser bem atendido?”, justifica o diretor.
No último sábado (17), o secretário de saúde do Piauí, Florentino Neto, visitou o hospital e prometeu realizar um estudo e planejar melhorias na prestação dos serviços. “Vamos enviar uma equipe técnica, para junto com o município buscar melhorias para o hospital. Uma das maneiras é tentar um financiamento para urgência e psíquico social”, disse Florentino.
Há 31 anos atuando como enfermeira no Nilo Lima, Maria Rodrigues completou a lista de reivindicações ao revelar que são poucos profissionais para a grande demanda do local. “Agente luta com muitas pessoas, luta com vida. A responsabilidade é muito grande. Por isso precisamos de mais auxiliares, mais funcionário”, pede.