Polícia Civil prende quadrilha suspeita de oito assaltos a banco
Grupo foi preso após assalto na cidade de Codó, no Maranhão; quadrilha responde ainda por morte de morador de rua,
O Grupo de Repressão ao Crime Organizado (GRECO) prendeu sete pessoas suspeitas de integrar uma quadrilha especializada em assaltos a banco que já são conhecidos dos policiais. O grupo é acusado de realizar pelo menos oito assaltos a instituições bancárias no Piauí e Maranhão. Eles foram ainda os primeiros a usar um certo tipo de explosivo, de fabricação caseira e bastante simples.
Dezenas de embalagens de pólvora foram apreendidos (Foto: Ascom/Polícia Civil)
As prisões e apreensões aconteceram no residencial Torquato Neto, na zona sul de Teresina. Segundo o delegado Gustavo Jung, a polícia já tinha informações sobre a movimentação da quadrilha, que vinha do estado do Maranhão, onde teriam executado um assalto na cidade de Codó, ainda na madrugada de ontem (19). A investigação conseguiu apurar que no local poderia haver uma boa quantidade de material explosivo a ser apreendido.
Com os acusados, a polícia encontrou todo o material necessário para cometer os crimes. Dezenas de embalagens de pólvora, caixas de metalon, duas pistolas, munição, e até grampos usados para furar pneus de viaturas policiais. Foram apreendidos também uma motocicleta e três carros: uma van, um automóvel modelo Honda Civic e um modelo Jeep Renegade. A quadrilha tinha dinheiro, e algumas notas encontradas tinham queimaduras que teria sido feitas pelas explosões. A polícia ainda encontrou uma quantidade de cocaína e uma balança de precisão.
De acordo com o delegado Willame Morais, coordenador do GRECO, a quadrilha é acusada por oito roubos a instituições bancárias. No Piauí, foram responsáveis pelos crimes na agência da Caixa Econômica na avenida Barão de Gurgueia, em Teresina, a agência do Bradesco em Jerumenha e Marcos Parente, e uma agência em Picos. no Maranhão, são acusados pelo roubo ao Bradesco em Parnarama, uma tentativa de roubo ao Banco do Brasil e na Caixa Econômica em Timon e, no caso mais recente, no Banco do Brasil na cidade de Codó.
Ainda segundo o delegado Gustavo Jung, alguns dos presos fazem parte de uma quadrilha que foi responsável por explodir caixas eletrônicos da agência do Banco do Brasil localizada na avenida João XXIII, no bairro São Cristóvão, no ano passado. “Na época foram presos mais de oito elementos, que já estavam soltos, e agora a polícia prende novamente as mesmas pessoas por assaltos a instituições bancárias no Piauí e Maranhão”, comentou o delegado.
O grupo utilizava um tipo bastante simples de explosivo de fabricação caseira: trata-se de uma caixa feita de metalon que é preenchida com pólvora e equipada com um pavil. Os criminosos usam uma alavanca feita de ferro para abrir um espaço no caixa eletrônico, e introduzem a bomba. Segundo o secretário de segurança Fábio Abreu, é um artefato bastante inseguro, e é difícil estimar o tempo de detonação. "Esses foram os primeiros a trazer esse tipo de explosivo para o estado. Eles foram presos, e passaram essa informação para outras pessoas dentro da cadeia", disse o secretário.
Os membros do grupo responderão ainda por um crime de homicídio, ocorrido na cidade de Timon. Um homem que dormia dentro da agência da Caixa Econômica da cidade morreu em decorrência da explosão.