sexta-feira, 22 de setembro de 2017

Sindicalista desmente Correios e confirma adesão de 85%

Sindicalista desmente Correios e confirma adesão de 85%

 (Crédito: Ana Cláudia Santos)

“Isso não passa de boato, não há confirmação oficial”. Esse é o posicionamento de Edilson Santos, presidente do Sindicato dos Trabalhadores dos Correios do Piauí (Sintect-PI) em resposta à nota divulgada pela Assessoria de Comunicação dos Correios na manhã desta sexta-feira (22).
A nota diz o seguinte: “A direção dos Correios e representantes da Federação Interestadual dos Sindicatos dos Trabalhadores e Trabalhadoras dos Correios (Findect) continuam em negociação para a assinatura do Acordo Coletivo de Trabalho. Nesta quinta-feira (21), serão apresentadas as propostas econômicas para discussão com os sindicatos”.
No mesmo documento divulgado à imprensa, mais informações desencontradas. De acordo com Edilson, a adesão à greve cresceu de 70% dos trabalhadores para 85%. O comunicado diz o contrário. “As negociações prosseguem após a Federação Nacional dos Trabalhadores em Empresas de Correios e Telégrafos e Similares (Fentect) ter decidido desistir das negociações e iniciar a paralisação nas bases de seus sindicatos filiados. Levantamento parcial realizado na manhã de hoje mostra que 91,65% do efetivo total dos Correios no Brasil está presente e trabalhando — o que corresponde a 99.504 empregados. No Piauí, 84,42% do efetivo está presente e trabalhando – o que corresponde a 1.290 empregados”, diz a nota.
O sindicalista ressalta que muitas cidades estão com os trabalhos paralisados integralmente. “Muitas cidades estão com 100% de adesão, principalmente no Sul do Estado. Em Teresina a adesão continua crescendo, com um número de 70% do total dos trabalhadores. Nós estamos intensificando as mobilizações até a empresa chamar para uma reunião de fato”, declara.
No comunicado, os Correios frisa que está fazendo o possível para evitar maiores transtornos à população. “Nas localidades onde há paralisação, a empresa já colocou em prática seu Plano de Continuidade de Negócios para minimizar os impactos à população. Os Correios reiteram que continuam dispostos a negociar e dialogar com os sindicatos que não aderiram à paralisação para que o acordo coletivo seja assinado e considera a greve por parte de alguns sindicatos um ato irresponsável e unilateral, que desqualifica o processo de negociação e prejudica o esforço realizado por todos os empregados durante este ano para retomar a qualidade e os resultados financeiros da empresa. A atitude desses sindicatos coloca em risco a qualidade dos serviços prestados aos clientes e à população brasileira e torna ainda mais grave a atual situação dos Correios. A paralisação, ainda que parcial, acarreta um potencial de perda de receitas e de pagamento de indenizações que onera os cofres da estatal”, finaliza o documento.

fonte http://jornal.meionorte.com