Sindicalista desmente Correios e confirma adesão de 85%
“Isso
não passa de boato, não há confirmação oficial”. Esse é o posicionamento de
Edilson Santos, presidente do Sindicato dos Trabalhadores dos Correios do Piauí
(Sintect-PI) em resposta à nota divulgada pela Assessoria de Comunicação dos
Correios na manhã desta sexta-feira (22).
A nota diz o seguinte: “A direção dos
Correios e representantes da Federação Interestadual dos Sindicatos dos
Trabalhadores e Trabalhadoras dos Correios (Findect) continuam em negociação
para a assinatura do Acordo Coletivo de Trabalho. Nesta quinta-feira (21),
serão apresentadas as propostas econômicas para discussão com os sindicatos”.
No mesmo
documento divulgado à imprensa, mais informações desencontradas. De acordo com
Edilson, a adesão à greve cresceu de 70% dos trabalhadores para 85%. O
comunicado diz o contrário. “As negociações prosseguem após a Federação
Nacional dos Trabalhadores em Empresas de Correios e Telégrafos e Similares
(Fentect) ter decidido desistir das negociações e iniciar a paralisação nas
bases de seus sindicatos filiados. Levantamento parcial realizado na manhã de
hoje mostra que 91,65% do efetivo total dos Correios no Brasil está presente e
trabalhando — o que corresponde a 99.504 empregados. No Piauí, 84,42% do
efetivo está presente e trabalhando – o que corresponde a 1.290 empregados”,
diz a nota.
O sindicalista ressalta que muitas cidades estão com os
trabalhos paralisados integralmente. “Muitas cidades estão com 100% de adesão,
principalmente no Sul do Estado. Em Teresina a adesão continua crescendo, com
um número de 70% do total dos trabalhadores. Nós estamos intensificando as
mobilizações até a empresa chamar para uma reunião de fato”, declara.
No comunicado, os Correios frisa que está fazendo o
possível para evitar maiores transtornos à população. “Nas localidades onde há
paralisação, a empresa já colocou em prática seu Plano de Continuidade de
Negócios para minimizar os impactos à população. Os Correios reiteram que
continuam dispostos a negociar e dialogar com os sindicatos que não aderiram à
paralisação para que o acordo coletivo seja assinado e considera a greve por
parte de alguns sindicatos um ato irresponsável e unilateral, que desqualifica
o processo de negociação e prejudica o esforço realizado por todos os
empregados durante este ano para retomar a qualidade e os resultados
financeiros da empresa. A atitude desses sindicatos coloca em risco a qualidade
dos serviços prestados aos clientes e à população brasileira e torna ainda mais
grave a atual situação dos Correios. A paralisação, ainda que parcial, acarreta
um potencial de perda de receitas e de pagamento de indenizações que onera os
cofres da estatal”, finaliza o documento.