Trabalhadores da Chesf se mobilizam contra a privatização
O Governo Federal anunciou recentemente que pretende privatizar todo o setor elétrico nacional
Os trabalhadores da Chesf estarão mobilizados, durante toda a manhã, desta sexta-feira (22/09), em defesa da empresa pública. O Governo Federal anunciou recentemente que pretende privatizar todo o setor elétrico nacional, com a venda do maior sistema de energia do país, a Eletrobras, que no Piauí possui as empresas CEPISA e CHESF.
“Esta mobilização será como uma prévia para a audiência pública que acontecerá dia 28 próximo, na Assembleia Legislativa, quando discutiremos com parlamentares e com a sociedade os impactos destas privatizações”, afirmou Paulo Sampaio, presidente do Sindicato dos Urbanitários.
Eletricitários de todo o país estão mobilizados contra a privatização do setor elétrico nacional e acabam de lançar a Campanha “Energia não é mercadoria” e a rede parlamentar em defesa do setor, em Brasília. No Piauí, os trabalhadores vêm buscando apoio de diversos setores da sociedade, como igrejas, universidades e movimentos comunitários. “Precisamos estar todos engajados e discutindo os efeitos maléficos que estas privatizações trarão para todos”, disse Sampaio.
O Sindicato fala que os efeitos desta política de privatização do setor elétrico e de outros setores resultam drasticamente na precarização dos serviços e da mão de obra, desemprego, queda brutal na renda e no poder de compra, assim como o aumento da carga de serviço dos trabalhadores.
“No Brasil, as consequências das privatizações, que já ocorreram dos anos 90 pra cá, têm sido um caos, principalmente para população mais carente e de menor renda, que deixa de ter acesso integral e facilitado aos serviços, bem como com as tarifas muito mais caras, visto que a Tarifa Social é papel do Estado, papel este que não é assumido pelos empresários, que visam apenas o lucro”, esclarece Sampaio.
Para a entidade sindical a solução para tonar estas empresas mais eficientes é fazer um novo contrato dentro das mesmas premissas dos contratos com as empresas privadas, dando as mesmas condições de viabilidade, pois o governo, ao vender as empresas do setor elétrico, dá todas as condições ao empresariado, deixando as empresas públicas sem condições de competitividade.
“Nós sabemos que por traz destas artimanhas de privatização, existe o jogo de políticos que representam apenas os interesses de empresários e não da população e que hoje compõe cerca de 75% do Congresso Nacional”, diz Francisco Marques, diretor do Sindicato, que afirma ainda que fica claro que o Governo Temer pretende cobrir um rombo nas contas públicas, que não é culpa da população e sim da corrupção desenfreada e da legislação em causa própria, realizada por vários, governadores, deputados, senadores, prefeitos e vereadores que visam apenas o enriquecimento particular.