Posto de saúde do bairro Anita Ferraz
Moradores do bairro Anita Ferraz, na zona leste de Teresina, denunciaram à nossa reportagem a precariedade no atendimento prestado pela Unidade Básica de Saúde (UBS) da região. Segundo relatos, o mau atendimento por parte de servidores da unidade é frequente, com destaque para uma funcionária do setor SAME (Serviço de marcação de consultas), apontada por tratar os usuários com descaso e desinformação.
Um dos casos denunciados envolve um morador que procurou atendimento odontológico no chamado "postinho" e foi surpreendido com a exigência de um cadastro prévio, supostamente realizado pelas agentes comunitárias de saúde. No entanto, o denunciante afirma que, embora more no Condomínio Residencial Aconchego — área de responsabilidade da unidade —, jamais recebeu qualquer visita da agente de saúde.
“Nem sabemos quem é a agente de saúde da nossa área. Fomos informados de que o cadastro só pode ser feito com ela, mas ela nunca apareceu no condomínio”, relata o morador. Ainda segundo ele, ao tentar obter mais informações no próprio posto, a funcionária do SAME teria debochado da situação, orientando-o a “perguntar aos vizinhos” quem seria a agente responsável.
A denúncia levanta questionamentos sobre a conduta dos servidores públicos e o cumprimento de suas atribuições. A própria UBS tem a obrigação legal de informar à população os nomes e áreas de cobertura dos agentes comunitários de saúde — o que, segundo os moradores, não tem sido respeitado.
Diante da gravidade dos relatos, nossa equipe irá acionar a Fundação Municipal de Saúde de Teresina para que fiscalize a atuação dos profissionais da Unidade Básica de Saúde do Anita Ferraz e adote medidas administrativas contra eventuais práticas irregulares ou negligentes no atendimento à população.
A comunidade do Residencial Aconchego pede respeito e um serviço de saúde humanizado, como previsto no Sistema Único de Saúde (SUS). “Queremos ser tratados com dignidade. Saúde é direito de todos”, conclui o morador.
