Trote: IML viaja 70 quilômetros para acidente que não existiu
Depois de prejudicar viaturas policiais e ambulâncias, os trotes passaram a atrapalhar a vida de quem trabalha no Instituto Médico Legal de Parnaíba, litoral do Estado. No último sábado (12), um carro foi deslocado para outra cidade após ligação de um suposto acidente, que na verdade nunca aconteceu.
De acordo com Robson Castilho, que trabalha no IML, o instituto recebeu um telefonema às 11h de sábado, informando que um acidente com três mortos teria ocorrido no município de Caxingó, 70 quilômetros distante de Parnaíba.
Os agentes ainda se deslocaram por outros dois povoados, mas não encontraram o acidente. "Infelizmente ainda existem pessoas que passam esse tipo de trote", lamentou Castilho. Ele explica que só a sociedade perde, pois a viatura poderia atender outras ocorrências enquanto se deslocava para um caso inexistente.
Foi o primeiro trote recebido pelo IML de Parnaíba, inaugurado no final de fevereiro do ano passado.
Outros casos
Em fevereiro deste ano, a polícia descobriu o autor de mais de 800 trotes para o Serviço de Atendimento Móvel de Urgência (Samu), em Teresina (PI). O acusado fez ligações durante quatro meses com comentários constrangedores para as atendentes.
Em fevereiro deste ano, a polícia descobriu o autor de mais de 800 trotes para o Serviço de Atendimento Móvel de Urgência (Samu), em Teresina (PI). O acusado fez ligações durante quatro meses com comentários constrangedores para as atendentes.
Em Teresina, o Samu recebe cerca de 300 trotes por mês, o que prejudica o atendimento a ocorrências realmente necessárias. Os casos ocorrem mesmo com as ligações sendo gravadas e monitoradas.
A Câmara Municipal de Teresina chegou a aprovar um projeto prevendo multa de R$ 500 para quem passar trotes a serviços públicos na capital.
O Centro de Operações da Polícia Militar do Estado constatou, através de verificação in loco, que ocorreram mais de 1.700 trotes em um único mês no ano passado.