domingo, 13 de julho de 2014

“Partidos pequenos precisam criar vergonha na cara”, diz candidato


“Partidos pequenos precisam criar vergonha na cara”, diz candidato

Ele denúncia que algumas legendas pequenas receberem uma espécie de ‘cala boca’ que seriam cargos na Prefeitura e no Estado

O Sistema O DIA de Comunicação dá continuidade à rodada de entrevistas com os candidatos ao Senado Federal nas eleições 2014. Seguindo o critério de ordem alfabética, o segundo entrevistado é o candidato do PPL, professor Claudionor Chaves, que tem como candidato a governador o professor Neto Sambaíba (PPL). Na entrevista, Claudionor Chaves critica a relação entre partidos pequenos e as grandes legendas. Ele afirma que os grandes partidos desejam o apoio dos pequenos apenas em troca do tempo de televisão. Segundo o candidato, os pequenos precisam ‘criar vergonha na cara’. Ele denúncia que algumas legendas pequenas receberem uma espécie de ‘cala boca’ que seriam cargos na Prefeitura e no Estado para não confrontarem os partidos que estão no poder. Confira a entrevista:
O senhor é um candidato ainda pouco conhecido. Qual estratégia pretende usar para conquistar o eleitor?
Nós estamos organizando passeatas por todo Piauí na medida do possível porque nossas possibilidades são mínimas. Por isso esperamos contar com o espaço na imprensa, porque a mídia tem grande poder para divulgar nossas ideias. O nosso tempo é muito reduzido e vamos usa-lo para falar o que a população quer ouvir, o que o Piauí precisa para se desenvolver, dar um salto e sair dessa mesmice que há tanto tempo vem sofrendo. O nosso povo está cansado. Vamos em frente.
O PPL resolveu seguir com uma chapa pura. Como o partido se coloca nesse cenário político, o PPL é de esquerda ou de direita?
O PPL é um partido que foi fundado dentro das bases de desenvolvimento do país. Essa questão de direita ou de esquerda é ultrapassada. O cidadão passa a vida inteira dizendo que é de esquerda e quando consegue assumir uma secretaria passa a agir como uma pessoa de direita. Esquece seus ideais. Então o PPL foi fundado no intuito de desenvolver esse país e tira-lo da miséria em que se encontra. É o endividamento e o descaso. É uma dívida tão grande que nós temos com o povo do Brasil e do Piauí.
O senhor acredita que os partidos políticos perderam suas ideologias?
Eu não diria ideologia e sim vergonha na cara. Hoje os partidos buscam mais uma barganha do que efetivamente trabalhar para mudar a situação do nosso Estado e país. Os partidos precisam repensar, as pessoas precisam tomar um rumo e realmente dizerem para que essas legendas foram criados. Na verdade hoje se fala que se é de esquerda ou de direita, mas no final das contas não se é nem uma coisa e nem outra. É isto que a gente tem visto na prática
O senhor colocou que está faltando vergonha na cara dos partidos políticos. Esse seria um dos motivos para o PPL ter optado seguir sozinho e não ter participado de uma coligação?
O PPL resolveu seguir sozinho para dar uma opção ao povo. É como se a pessoa fosse obrigada a votar no partido A ou no partido B. Nós temos exemplos que este é um modelo que não tem dado certo. Endividaram e não desenvolveram o Piauí. Nós vemos promessas toda hora na televisão que a educação melhorou. Mas não se faz educação da forma como vem sendo feita pelo Estado do Piauí. É possível observar que existem dois modelos de educação, o particular, que funciona muito bem em alguns aspectos, e a pública que hoje se comporta como a educação antiga feita para o pobre. É como se hoje a educação pública fosse apenas para alfabetizar o pobre. As vagas dos melhores cursos nas universidades públicas estão sendo ocupadas pelos ricos, que estudaram nas escolas particulares. O critério de seleção é injusto. Não é esse tipo de educação que eu e o PPL queremos para o Brasil e para o Piauí.

fonte portal o dia