“Partidos pequenos precisam criar vergonha na cara”, diz candidato
Ele denúncia que algumas legendas pequenas receberem uma espécie de ‘cala boca’ que seriam cargos na Prefeitura e no Estado
O Sistema O DIA de Comunicação dá continuidade à rodada de entrevistas com os candidatos ao Senado Federal nas eleições 2014. Seguindo o critério de ordem alfabética, o segundo entrevistado é o candidato do PPL, professor Claudionor Chaves, que tem como candidato a governador o professor Neto Sambaíba (PPL). Na entrevista, Claudionor Chaves critica a relação entre partidos pequenos e as grandes legendas. Ele afirma que os grandes partidos desejam o apoio dos pequenos apenas em troca do tempo de televisão. Segundo o candidato, os pequenos precisam ‘criar vergonha na cara’. Ele denúncia que algumas legendas pequenas receberem uma espécie de ‘cala boca’ que seriam cargos na Prefeitura e no Estado para não confrontarem os partidos que estão no poder. Confira a entrevista:
O senhor é um candidato ainda pouco conhecido. Qual estratégia pretende usar para conquistar o eleitor?
Nós estamos organizando passeatas por todo Piauí na medida do possível porque nossas possibilidades são mínimas. Por isso esperamos contar com o espaço na imprensa, porque a mídia tem grande poder para divulgar nossas ideias. O nosso tempo é muito reduzido e vamos usa-lo para falar o que a população quer ouvir, o que o Piauí precisa para se desenvolver, dar um salto e sair dessa mesmice que há tanto tempo vem sofrendo. O nosso povo está cansado. Vamos em frente.
O PPL resolveu seguir com uma chapa pura. Como o partido se coloca nesse cenário político, o PPL é de esquerda ou de direita?
O PPL é um partido que foi fundado dentro das bases de desenvolvimento do país. Essa questão de direita ou de esquerda é ultrapassada. O cidadão passa a vida inteira dizendo que é de esquerda e quando consegue assumir uma secretaria passa a agir como uma pessoa de direita. Esquece seus ideais. Então o PPL foi fundado no intuito de desenvolver esse país e tira-lo da miséria em que se encontra. É o endividamento e o descaso. É uma dívida tão grande que nós temos com o povo do Brasil e do Piauí.
O senhor acredita que os partidos políticos perderam suas ideologias?
Eu não diria ideologia e sim vergonha na cara. Hoje os partidos buscam mais uma barganha do que efetivamente trabalhar para mudar a situação do nosso Estado e país. Os partidos precisam repensar, as pessoas precisam tomar um rumo e realmente dizerem para que essas legendas foram criados. Na verdade hoje se fala que se é de esquerda ou de direita, mas no final das contas não se é nem uma coisa e nem outra. É isto que a gente tem visto na prática
O senhor colocou que está faltando vergonha na cara dos partidos políticos. Esse seria um dos motivos para o PPL ter optado seguir sozinho e não ter participado de uma coligação?
O PPL resolveu seguir sozinho para dar uma opção ao povo. É como se a pessoa fosse obrigada a votar no partido A ou no partido B. Nós temos exemplos que este é um modelo que não tem dado certo. Endividaram e não desenvolveram o Piauí. Nós vemos promessas toda hora na televisão que a educação melhorou. Mas não se faz educação da forma como vem sendo feita pelo Estado do Piauí. É possível observar que existem dois modelos de educação, o particular, que funciona muito bem em alguns aspectos, e a pública que hoje se comporta como a educação antiga feita para o pobre. É como se hoje a educação pública fosse apenas para alfabetizar o pobre. As vagas dos melhores cursos nas universidades públicas estão sendo ocupadas pelos ricos, que estudaram nas escolas particulares. O critério de seleção é injusto. Não é esse tipo de educação que eu e o PPL queremos para o Brasil e para o Piauí.