sexta-feira, 10 de abril de 2015

Dia de cão em Teresina: chuvas, alagamentos, queda de árvores e muita falta de energia elétrica


Dia de cão em Teresina: chuvas, alagamentos, queda de árvores e muita falta de energia elétrica

Duas chuvas torrenciais trouxeram vias congestionadas, alagamentos, muita falta de energia elétrica e um caos no trânsito a dar inveja a São Paulo


O dia 09 de abril de 2015 é uma data para ser esquecida por praticamente toda a população de Teresina e todas as pessoas que precisaram chegar ou sair da capital piauiense.
Apagão em várias ruas da cidade. Depois da chuva: a escuridão. Foto: Orlando Berti / O Olho.
Duas chuvas torrenciais, uma ocorrida entre a madrugada e o amanhecer, outra ao entardecer: trouxeram vias congestionadas, alagamentos, muita falta de energia elétrica e um caos no trânsito a dar inveja a São Paulo (que comumente tem engarrafamentos de mais de cem quilômetros).
Bastou pouco mais de quatro horas de chuva para mostrar que a capital do Piauí tem carências urgentes de sistema de drenagem e que a maioria de suas vias não está adaptada para suportar uma chuva torrencial de mais de dez minutos.
Depois da segunda grande chuva desta quinta a reportagem de O Olho percorreu quase 150 quilômetros da cidade, principalmente nas zonas Sudeste, Leste e Norte, conhecendo e vivenciando um pouco desse caos. Viu motoristas estressados, alguns deles perdidos, com carros enguiçados e muita gente xingando as autoridades (principalmente a Prefeitura de Teresina) por conta de terem perdido horas para poder voltar para casa.
Rua ou lagoa? Mesma coisa após dia de chuva em Teresina. Foto: Orlando Berti / O Olho.
Dois graves problemas chamaram atenção depois da chuvarada: alagamentos em dezenas de vias, e até na principal rodovia que dá acesso a Teresina (a BR-343), e falta de energia elétrica.
Motorista com veículo avariado após alagamento na avenida Kenedy. Foto: Orlando Berti / O Olho.
Até que faltar energia na cidade não é novidade, mas dessa vez, tão logo o fornecimento era restabelecido faltava novamente. Em alguns pontos da zona Leste da cidade faltou energia quase dez vezes em menos de seis horas. E dessa vez pouco ventou.
Não pode dar uma chuva que falta energia elétrica
Várias avenidas e ruas da cidade ficaram às escuras. “É serviço demais. Todo mundo reclamando. Estou para ficar louco”, disse um dos responsáveis por religar o fornecimento de energia elétrica na avenida Nossa Senhora de Fátima (proximidades de uma escola de idiomas). “Aqui é zona dos ricos e o povo enche o saco mesmo. A gente não dá conta de tanto pedido”, relatou o prestador de serviço, baixando a escada e já indo atender outras religações na região.
Escuridão e falta de energia dez vezes em seis horas na zona Leste. Foto: Orlando Berti / O Olho.
Avenidas com a Raul Lopes (uma das mais movimentadas da Zona Leste) ficou às escuras. Só se via as luzes dos veículos. A mesma situação ocorreu nas avenidas João XXIII, Presidente Kenedy, Joaquim Nelson e Zequinha Freire, além de centenas de ruas.
A falta de energia elétrica prejudicou em mais de 70% o movimento de bares e restaurantes das avenidas Nossa Senhora de Fátima e Jockey Club, tradicionais polos gastronômicos e de entretenimento da cidade.
Equipes de religação de energia. Trabalho triplicado nesta quinta. Foto: Orlando Berti / O Olho.
“Não é a primeira vez que isso acontece. Dá um pingo a gente sabe que falta energia”, contou um dos responsáveis por um estabelecimento especializado na venda de frutos do mar. “Quem paga o prejuízo”, questionou.
Árvore de 20 metros cai na Avenida Kennedy e prejudica desvio de veículos da já interditada BR-343
Um dos incidentes mais graves desta quinta-feira foi a queda de uma árvore de mais de 20 metros na avenida Presidente Kenedy, bairro São Cristóvão, entre a avenida Senador Área Leão e a rua Deputado Vitorino Correia. Por sorte ninguém ficou ferido. Parecia que tinha passado um furacão pela região.
Árvore de 20 metros. Interdição da avenida Kenedy: uma das principais da cidade. Foto: Orlando Berti / O Olho.
O fato ocorreu no final da tarde e até o final da noite o que restou da árvore ainda não tinha sido retirada.
A queda provocou o desligamento de mais de 50 quarteirões na zona Leste da cidade. Destruiu seis postes de média e baixa tensão. Um dos fios de média tensão caiu na pista. Para evitar acidentes houve a interdição de toda a via e entornos.
Queda de árvore: interdição total de uma das vias da avenida e parcial de outra. Foto: Orlando Berti / O Olho.
O fluxo de veículos no sentido Zona Leste – Centro foi totalmente interditado. Carretas formavam um congestionamento de mais de 500 metros. No lado oposto o trânsito ocorria de maneira lenta e por meia hora o trânsito ficou interditado também após um ônibus coletivo apresentar problemas mecânicos. Via-se no rosto dos passageiros dos lotados coletivos que transitavam pela região muito estresse e muito xingamento. A mãe do prefeito de Teresina era a mais ofendida. Sobrou até para o governador e sua mãe.
Balão do São Cristóvão também ficou interdidato. Foto: Orlando Berti / O Olho.
No balão que liga a BR-343 a avenida Kenedy havia um conjunto de cones e faixas impedindo o trânsito de veículos. Os carros só conseguiam fazer o percurso no sentido Centro – Zona Leste em vias alternativas, voltando à Kenedy depois de 200 metros do Balão do São Cristóvão.
Um dos detalhes é que a avenida Kenedy era usada como desvio da BR-343. A rodovia federal foi interditada desde o início da manhã desta quinta sob ameaça de desabamento por causa de alagamentos.
Ninguém para informar caminhoneiros sobre bloqueios. Carretas e caminhões perdidos na zona Leste da cidade
A equipe de O Olho encontrou vários caminhoneiros e carreteiros vagando, e perdidos, por ruas e avenidas de Teresina. Sem uma sinalização adequada, muitos terminavam seguindo o fluxo de veículos (a maioria com destino urbano) e terminavam se perdendo. Não havia ninguém para dar informações e nem explicar os motivos das interdições.
Caminhoneiro estava perdido na zona Sudeste de Teresina. Foto: Orlando Berti / O Olho.
Foi encontrado uma carreta, do Paraná, perdida em frente à Uninovafapi. Outro caminhoneiro, com veículo de placas de Pernambuco, estava perambulando por ruas do Alto da Ressurreição. Um carreteiro, veículo com placas de Alagoas, não sabia como voltar após se perder no bairro São Cristóvão. “Minha carreta é grande, se entrar em uma rua estreita, quebra os fios”, contou.
Um caminhão tanque imprensou um Celta na avenida Joaquim Nelson. O caminhão era mais um a desviar da rodovia paralisada.
Acidente na zona Sudeste envolvendo caminhão que fazia desvio. Foto: Orlando Berti / O Olho.
A BR-343 está interditada na altura do Balão que dá acesso à região do Dirceu Arcoverde e à região do Planalto Uruguai (do lado da saída de Teresina) e no balão de acesso à estrada da Usina Santana (do lado da entrada de Teresina).
Em ambos os locais há cones da Polícia Rodoviária Federal. Mas durante todos os momentos que a reportagem esteve nesses locais não foram vistos nenhum policial rodoviário federal dando instruções para os motoristas. Não havia placas.
Placa e cones, mas nenhum policial rodoviário para orientar motoristas na BR-343. Foto: Orlando Berti / O Olho.
No balão da Usina Santana, em plena 22h30, havia um rapaz perdido perguntando se ali passaria algum ônibus para Campo Maior. Os coletivos intermunicipais estavam circulando do lado oposto, entrando na avenida Zequinha Freire e pegando estrada da Cacimba Velha para sair nas proximidades do Posto da PRF da BR-343.
Passados mais de 24 horas: avenida Joaquim Nelson continua uma lagoa
Para quem não conhece a avenida Joaquim Nelson, entre o Dirceu Arcoverde e a BR-343, acha que ali é uma lagoa há tempos.
O lugar, desde o meio da noite desta quarta, ficou alagado. Duas empresas de material de construção foram totalmente tomadas. Até o muro de contenção da construção do Shopping Jardins rompeu com a força da água. Só veículos tracionados trafegavam pela região.
Avenida Joaquim Nelson, mas pode também chamar de lagoa. Foto: Orlando Berti / O Olho.
A área alagada da avenida Joaquim Nelson virou até ponto turístico. Alguns moradores da região peregrinavam ao local. Até selfie alguns faziam. Um brincalhão chegou a dizer que amanhã trará uma vara de pescar.
Até o final da noite desta quinta, passados 24 horas do alagamento, o lugar ainda continuava mais parecendo uma lagoa do que propriamente uma das avenidas mais largas e movimentadas da zona Sudeste da capital.
Alagamento impediu que mais de cem trabalhadores atuassem nesta quinta nas empresas da avenida Joaquim Nelson. Lugar tem trânsito de mais de 10.000 pessoas todos os dias. Foto: Orlando Berti / O Olho.
Com tanto alagamento os transtornos prometem continuar a acontecer nesta sexta-feira. O jeito, para alguns, é rezar para que não haja chuva. O que é bom para a agricultura, termina sendo um caos (cada vez mais presente) na já tão complicada vida de que mora em Teresina.

fonte portal o olho


Mirante do Lago, "do luxo ao lixo": Como alagou em tão pouco tempo


Mirante do Lago, "do luxo ao lixo": Como alagou em tão pouco tempo

Reportagem do portal revela como um condomínio que foi construído para suportar a pior chuva dos últimos 50 anos alagou.


O condomínio de casas Mirante do Lago, localizado às margens da BR-343, saída de Teresina é considerado um dos mais bonitos, confortáveis e caros da capital piauiense. Abriga a residência oficial do governador do estado Wellington Dias (PT) e virou notícia por toda esta quinta-feira por causa de um inesperado alagamento.
Inesperado porque está oficializado, em seu projeto de criação, que aquele terreno onde abriga o empreendimento passou por toda uma preparação. Foi um planejamento capaz de suportar a maior chuva dos últimos 50 anos em Teresina, por um período de até 24 horas. A reportagem doO Olho teve acesso a uma vasta documentação para explicar o que realmente fez com que as águas encobrissem o Mirante do Lago.
Mirante do Lago alagado (Foto: Whatsapp)
Na verdade são dois documentos. Um que diz respeito ao projeto básico, que trata do memorial descritivo, memorial de cálculo e desenhos (mapas) do empreendimento e é de fevereiro de 2006. O outro é justamente o projeto de drenagem, de maio de 2010. Foram feitos pela Fertaper Incorporações Imobiliárias, responsável por todo o projeto do condomínio Mirante do Lago. O projeto imobiliário, inédito na época, tem uma área de 10,81 hectares. Dos 107 lotes colocados a venda, hoje existem cerca de 100 casas construídas. Um lote atualmente chega a ser vendido por R$ 400 mil. Uma casa construída não sai por menos de R$ 1 milhão.
Além do governador, moram no condomínio de luxo outras personalidades bem conhecida dos piauienses, como a deputada estadual Flora Izabel e o procurador Kelston Lages. A casa de Wellington Dias, por exemplo, é uma das maiores. A área construída inclui dois lotes. Mas engana-se quem pensa que a sua “mansão” foi atingida pelo alagamento desta quinta-feira. Ficou concentrado na área frontal, lado esquerdo de quem entra no condomínio. E foi justamente isso que causou tanta polêmica: como um imóvel como esse alaga dessa maneira, com carros sendo levados pelas águas, salas das casas invadidas pelo barrento que vinha das correntezas? Para responder a essas perguntas, além da documentação que teve acesso, a equipe de jornalismo entrou em contato com o professor Carlos Correia Lima.
Imagem aérea mostra condomínio alagado em apenas um trecho (Foto: Drone O Olho)
FATOR EXTERNO
Considerado um dos maiores nomes da engenharia civil do Nordeste, ele é doutor na área de drenagem e dá aula na Universidade Federal do Piauí (UFPI). Suas palestras estão entre as mais recomendadas pelo CREA-PI (Conselho Regional de Engenharia e Arquitetura do Piauí). Foi Carlos Correia Lima o engenheiro responsável pela obra do Mirante do Lago. Contratado pela Fertarper, ele fez um minucioso trabalho de verificação do que poderia ocorrer naquele terreno. Com os projetos e mapas em mãos, ele explicou que o que pode ter causado aquele alagamento todo dentro do Mirante do Lago não pode ter vindo de dentro do condomínio. Mas sim por fatores externos.
“As necessidades de detenção, infiltração e passagem para as aguas pluviais da área de contribuição em que está inserido o empreendimento, com intensidade máxima para durações desde 5 minutos até 24 horas de chuva de retorno de até 50 anos podem ser atendidas integralmente por duas áreas de acumulação. Uma, de 6.500 metros quadrados, localizada no terreno vizinho, a oeste do projeto, e a outra de 5.916 metros quadrados no empreendimento que também será utilizado como lago ornamental”, assinou o projeto de drenagem ainda na época. Resumindo: o Mirante do Lago estava preparado para suportar até mesmo a chuva mais forte dos últimos 50 anos e mesmo que caísse durante 24 horas ininterruptas. Esse terreno ao lado e esse lago, citados, serviam como “pulmões” do empreendimento. Ou seja: se chovesse a água seria filtrada por ali para evitar alagamento e depois escoaria pelos locais adequados, bueiros que cruzam a BR-343 e vão de encontro a uma espécie de talvegue, uma espécie de mini-riacho para escoar.
Água acumulou, alagou o Mirante do Lago e ainda destruiu parte da BR-343 (Foto: Drone O Olho) 
BUEIRO FICOU ENTUPIDO
Logo de cara, Carlos Correia Lima disse que provavelmente houve algo que interrompeu a passagem d’água que deveria ter escoado do condomínio. Acertou: técnicos que passaram a tarde consertando as falhas no trecho da pista da BR-343 em frente ao Mirante do Lago confirmaram que o bueiro ficou entupido. “Não posso afirmar 100%, mas provavelmente uma obra, um aterro no terreno ao lado do Mirante fez com que a água entrasse com muita força e caísse toda para dentro do Mirante do Lago, o que causou esse alagamento”, explicou. De fato: os técnicos que estiveram no local para fazer a limpeza tiveram de abrir um canal no meio da BR onde colocarão novos e maiores manilhas para servir como bueiro e aumentar a passagem d’água, para que isso não mais ocorra.
“Já teve casos de chuvas muito maiores que essa e mesmo assim não alagou dentro do Mirante do Lago. Por isso estranhei esse alagamento”, explicou. O que comprova a hipótese levantada pelo professor é que a pista BR-343 que se partiu e deixou o trecho interditado desmoronou justamente onde cai a água. As obras de recuperação tiveram início logo na quinta-feira. Devem durar cerca de uma semana até a recuperação da estrada. Os prejuízos por parte do condomínio serão pagos pelos próprios condôminos, incluindo os carros arrastados pela força das águas.
ESPECULAÇÕES: CULPA DO ALPHAVILLE?          
Ao longo de toda a quinta-feira, muito se especulou sobre os reais motivos do alagamento no Mirante do Lago. Chegaram a informar, principalmente via redes sociais como Facebook e Whatsapp, que fatores externos próximos ao Mirante do Lago causaram o problema. Carlos Correia Lima analisou cada um dos casos e não acredita que qualquer obra na região tenha sido causadora do alagamento. Chegaram a informar que o aterro feito pelo Alphaville e Terras Alphaville, que ganharam o direito de não pagarem uma IEA-RIMA, seria causador do acumulo de água na região. Depois disseram que poderia ser causado por conta da construção de um aterro feito próximo ao restaurante Frango Dourado, de propriedade de Abelardo Carvalho. Por fim também chegaram a informar que se devia ao alagamento num trecho próximo ao Soferro, onde estão construindo um shopping center.
“Não há possibilidade de esse problema se dever pelo que é de montante, isto é, de obras já feitas região e alteradas agora”, ressaltou Carlos Correia Lima. Mostrando no mapa, ele aponta que o projeto que ajudou a construir tem três áreas, sendo que a segunda era a do projeto e as demais deveriam ter esse “pulmão”. Somente na manhã desta quinta-feira o bueiro foi desobstruído. Engenheiros do Corpo de Bombeiros foram até o local e a chuva que cair vai escoar normalmente. “A partir do momento em que a água escoar normalmente por um canal, não vai mais alagar no Mirante do Lago. O pulmão que tinha e evitava esse alagamento de alguma maneira foi destruído e por isso a água veio de uma maneira muito forte e acumulou naquele espaço”, disse Carlos Correia Lima. A culpa, pelo visto, é de quem não fez a manutenção como deveria ser feita. Hoje a obra, apesar de ser em uma rodovia federal, está nas mãos do Governo do Estado, através do DER (Departamento de Estradas e Rodagens). Operários da Getel, empresa contratada para fazer inclusive a duplicação da BR, garantem entregar aquele trecho da BR-343, agora com os devidos bueiros, num prazo de até uma semana. 
Carlos Correia Lima: "Mirante foi construído para não alagar nem que chovesse 24 horas" (Foto: Allisson Paixão)

fonte portal o olho 


quinta-feira, 9 de abril de 2015

DER inicia obra na BR-343, que deve levar 15 dias; veja mapas de desvios

DER inicia obra na BR-343, que deve levar 15 dias; veja mapas de desvios

Trecho foi interrompido depois que a pista cedeu durante uma forte chuva que caiu na noite de ontem

O Departamento de Estradas e Rodagens (DER) iniciou já nesta tarde os trabalhos de recuperação da BR-343, trecho do quilometro 340,7, cujo acostamento cedeu durante a forte chuva que caiu na noite desta quarta-feira (09/04) em Teresina. A pista foi interditada nos dois sentidos, e quem precisa sair da capital sentido às cidades de Altos, Campo Maior, José de Freitas entre outras, tem de pegar desvios seja pela estrada da Usina Santana ou pela Cacimba Velha.
Logo por volta de 14h as máquinas cortaram a pista para permitir o escoamento da água que estava retida na parte interna do condomínio Mirante do Lago, onde casas localizadas na parte mais baixa foram inundadas. Somente depois de a pista ser cortada o nível da água próximo às residências começou a baixar. No condomínio fica localizada a residência oficial do Estado, onde mora o governador Wellington Dias e sua família. A casa não foi atingida por ficar em um lado mais alto do condomínio.
Quando nossa reportagem esteve no local interditado, alguns moradores do Mirante do Lago retiravam os veículos que foram parcialmente coberto pela água com a ajuda de um caminhão de reboque. Entre eles a Hilux de um senhor, um dos primeiros carros a surgir em imagens que circulavam no WhatsApp sobre a inundação desta manhã.
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Segundo a Secretaria Estadual do Meio Ambiente e Recursos Hídricos do Piauí – SEMAR, foram seis horas ininterruptas de chuva, atingido 70 mm, o que corresponde a 23% do total esperado para o mês todo, que era de 300 milímetros.
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Segundo informações da meteorologista, essa chuva não atingiu apenas a Teresina, mas a todo o Estado do Piauí se concentrando mais no Norte e Centro-Norte no Estado. No Sul as chuvas aconteceram de forma mais isolada, sem causar estragos à região. As chuvas darão uma “trégua” a partir deste final de semana e começarão a regredir no início de maio. A meteorologia informa que a temperatura em todo o Piauí pode chegar aos 35°C, mas em Teresina ficará entre 24°C e 29°C, com possibilidade de chuva a qualquer hora do dia.
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Em nota, a PRF orienta os motoristas que precisam passar diariamente pelo trecho a seguirem rota alternativa pela estrada da Cacimba Velha. O trecho, saindo da capital, passa pelo bairro Planalto Uruguai, Santa Teresa, Cacimba Velha até acessar a PI-113 (estrada que liga Teresina a José de Freitas), para só então acessar a BR-343, na altura do posto da PRF. Outra opção é seguir pela avenida Mirtes Melão até a Usina Santana. (Mapa abaixo)
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João Raposo, técnico de projetos do Departamento de Estradas e Rodagens (DER) informou ao 180 que se novas chuvas atingirem o trecho nesta noite, poderá haver novo desmoronamento. Um congestionamento de pelo menos 5 quilômetros se formou no trecho durante o horário entre 7h e 9h da manhã.
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Em nota o DER informou sobre a medida emergencial de recuperação da via, de acordo com engenheiros do departamento, terá inicio com o processo de limpeza da área inundada, e em seguida a pista deverá ser cortada para assim retirar a água do local. Ainda segundo a nota, as máquinas devem perfurar a pista até a uma certa profundidade para que um novo bueiro triplo seja colocado por debaixo da pista. A medida, adotada pelo DER visa facilitar a vazão da água caso chuvas da mesma proporção venham a cair novamente no local.
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O DER informa que a previsão é que o serviço seja finalizado dentro de no máximo quinze dias, dependendo das chuvas.
Já no prolongamento da avenida Joaquim Nelson, que liga a zona Leste ao Dirceu, o trecho próximo a Soferro também ficou inundado. O motorista de um ônibus que tentou passar pelo local acabou “ficando” no meio do caminho.
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fonte 180graus.com

Justiça Federal recebe denúncia contra o ex-prefeito Kim do Caranguejo


Justiça Federal recebe denúncia contra o ex-prefeito Kim do Caranguejo


O juiz federal da Vara Única de Parnaíba, José Gutemberg de Barros Filho, acolheu uma denúncia do Ministério Público Federal (MPF) contra o ex-prefeito do município de Luiz Correia Franciso Araújo Galeno, popularmente conhecido como Kim do Caranguejo, acusado de enriquecimento ilícito com base no artigo 11 da Lei nº 8.429/92 que trata de improbidade administrativa.
Imagem: ReproduçãoKim do Caranguejo(Imagem:Reprodução)Kim do Caranguejo
O ex-prefeito foi denunciado por ter prestado declarações falsas em GFIP de segurados obrigatórios do RGPS, bem como não ter recolhido para a Previdência Social os descontos realizados nos pagamentos dos empregados, autônomos, e prestadores de serviço. Essas irregularidades acarretaram diversos autos de infração por parte da Receita Federal contra o município.

A decisão do juiz federal da Vara Única de Parnaíba foi assinada no dia 07 de abril. O juiz determinou ainda o prazo de 10 dias para que o ex-gestor apresente defesa.

Condenação


Em março deste ano Kim do Caranguejo foi condenado pela Justiça Estadual numa ação civil de improbidade administrativa. O juiz Willmann Izac Ramos Santos, da Vara Única da Comarca de Luiz Correia, condenou o ex-prefeito nas sanções do artigo 12, inciso III, da Lei 8.429/92.

Outras ações


O ex-prefeito Kim do Caranguejo já responde a 7 ações por improbidade na Justiça Comum e a 2 ações penais e 8 por improbidade administrativa na Justiça Federal.

fonte gp1