Mulher finge ser funcionária da ADH para praticar assaltos em Teresina
Uma mulher finge trabalhar como assistente social da Agência de Desenvolvimento Habitacional para realizar assaltos nas residências em Teresina. De acordo com uma das vítimas, a mulher faz parte de uma quadrilha de assaltantes. A denuncia foi divulgada na manhã desta terça-feira (16) no Notícia da Manhã.
Uma das ações foi praticada no Residencial Jacinta Andrade, na Zona Norte, e um dos integrantes – um menor de aparentemente 17 anos – chegou a apontar uma arma para a cabeça de uma criança de 3 anos exigindo que a mãe desse a chave do carro. Na casa estava apenas a mãe com dois filhos, um de oito e outro de três anos.
“Uma mulher bateu no portão dizendo que era assistente social da ADH. Ela disse: eu quero só falar com você rapidinho, eu sou assistente social. A gente só quer saber que você está mesmo morando aqui”, falou a dona da casa, que preferiu não se identificar, sobre como a mulher chegou à residência.
A dona de casa desconfiou da suposta funcionária, mas não conseguiu evitar o roubo. “Eu suspeitei da roupa, mas o outro bandido já foi logo empurrando e entrando pra casa”.
Além dos dois assaltantes, outro casal - um homem e uma mulher – também integra a quadrilha. Um deles usava tornozeleira eletrônica. Nessa ação, eles levaram objetos da residência, incluindo duas televisões. Houve a tentativa de levar o veículo da família, mas as chaves não estavam na residência no momento.
“Pegaram as coisas, o dinheiro, duas televisão. E quando ele pediu a chave do carro. Eu disse que não estava com ela, e foi quando ele apontou pra cabeça do meu filho que estava dormindo no sofá”, relatou a mãe.
A gerente de serviço social da ADH, Clara Said, informou que este é o primeiro caso que o órgão tem conhecimento. Ela também comentou que, no momento, os técnicos estão visitando os residenciais Nova Teresina e Paulo de Tarso. Além disso, a gerente ressaltou que os técnicos usam crachás de identificação, vão em grupos para os bairros e acompanhado de um veículo da ADH.
“Infelizmente esse tipo de atitude pode estar ocorrendo, mas a ADH não tem conhecimento. Todos os moradores conhecem os técnicos porque recebem orientação e palestras tanto na ADH como na comunidade, assinam contratos com a nossa presença. Então, todos os técnicos são conhecidos. A própria vítima disso que suspeitou da mulher. Nesse momento, nenhum dos nossos técnicos estão no Jacinta Andrade porque respeitamos uma escala de trabalho”, disse Clara.
Clara Said reforça que os moradores precisam ficar atentos porque isso poderá ocorrer novamente em outras casas. “Isso é um fato que pode ocorrer com todos os moradores. Eles se passam por funcionários da Agespisa, da Eletrobras, para cometer esse tipo de crime. A população precisa ficar mais atenta e se prevenir”, acrescentou a gerente.
A Polícia informou que nenhum Boletim de Ocorrência foi registrado na região.