“Não vou abandonar minha casa por causa de vagabundos”. A declaração é de Adeilza de Carvalho, moradora do loteamento Manoel Evangelista, zona Sudeste de Teresina, que já teve a casa arrombada cinco vezes nos últimos dois anos. Por conta da ação dos criminosos, portas e janelas precisaram ser trocadas, causando danos à estrutura da casa, e gerando uma sensação de insegurança constante na vizinhança.
“Eles sempre aproveitam os horários que não tem ninguém em casa para tentar fazer esses arrombamentos. Na última vez que aconteceu, eles derrubaram a porta da minha cozinha, bagunçaram tudo dentro de casa, e levaram o notebook da minha filha e uns celulares”, relata a moradora, que foi surpreendida com o arrombamento, ao chegar em casa no final da tarde.
Uma das primeiras moradoras da região, Adeilza acredita que a maior presença da polícia militar é um dos fatores que poderia inibir a ocorrência de crimes na região Sudeste da capital (Foto: Moura Alves/ O Dia)
De acordo com Adeilza, o policiamento ostensivo é deficiente na região do loteamento Manoel Evangelista. “Na minha rua, raramente passa uma viatura. A gente pede, implora por segurança, mas até agora nenhuma medida foi tomada”, destaca a moradora, que acredita que a maior presença da polícia militar seria um dos fatores que poderia inibir a ocorrência de crimes na região.
Apesar de ter sido vítima da ação criminosa por cinco vezes, a aposentada ainda tenta manter a sua rotina normal de atividades, e, ao contrário de outros moradores, não pensa em ir embora da região. “Ainda saio de casa, faço minhas atividades. Sou uma das primeiras moradoras dessa região e não vou abandonar minha casa por causa de vagabundos. O que eu quero é mais segurança”, desabafa a moradora.
Além dos arrombamentos, os moradores do loteamento Manoel Evangelista também enfrentam uma problemática dos assaltos à mão armada, comum a boa parte dos bairros da zona Sudeste de Teresina. Na maioria dos casos, a abordagem é feita por homens em motocicletas que levam objetos pessoais dos moradores, como relógios, carteiras e celulares.
“Quem depende de ônibus para ir ao trabalho corre riscos, diariamente, de ser assaltado. Quando as áreas têm pouco movimento, como pela manhã e a noite, eles aproveitam para fazer verdadeiros arrastões aqui nas ruas do loteamento”, conta um dos moradores do local, que prefere não ser identificado, com medo de represálias por parte dos criminosos.
fonte portal o dia