sábado, 18 de janeiro de 2025

Documentário "Vozes do Troca-Troca" conta a história de importante patrimônio dos teresinenses

 Referência da cidade, o Troca-Troca foi escolhido para tema de documentário pela sua singularidade

Referência de Teresina, o Troca- -Troca continua em pleno funcionamento. Localizado na Avenida Maranhão, às margens do Rio Parnaíba, Centro de Teresina, o local é ponto de encontro para troca e venda de objetos. Com nova estrutura, em reforma da década de 1980, o espaço tornou-se mais do que um ponto de referência na cidade, virou um museu a céu aberto, reunindo não somente produtos à venda, mas personagens que narram vivências de muitas décadas.

Documentário ‘Vozes do Troca-Troca” conta a história de importante patrimônio dos teresinenses - (Assis Fernandes/O DIA)Assis Fernandes/O DIA
Documentário ‘Vozes do Troca-Troca” conta a história de importante patrimônio dos teresinenses

Essas histórias romperam os limites do Troca-Troca e chegaram às telas. O que era vivido, ali, apenas por aqueles que transitavam entre uma banca e outra, agora pode ser apreciada por todos através do documentário ‘Vozes do Troca-Troca’, financiado pela Lei Paulo Gustavo. Um trabalho que demandou estudo e muitas horas de entrevistas. Stefano Ferreira, responsável pela pesquisa do documentário, conta que a proposta de produzir o material audiovisual surgiu com a necessidade de preservar o patrimônio e a história de Teresina.


A ideia é evidenciar lugares em que o patrimônio é as próprias pessoas e suas histórias de vida. O Troca-Troca é um ponto de confluência de vidas e dali muitas famílias tiram seu sustento. Além disso, é um espaço de trocas que deve ser visibilizado como patrimônio da cidade

Stefano Ferreiraresponsável pela pesquisa do documentário

Segundo Stefano Ferreira, processo criativo foi intenso, com muitas idas ao Troca-Troca, entrevistas com permissionários, historiador e outros personagens que trouxeram detalhes desse importante patrimônio teresinense.

“Precisamos estar bem próximo aos comerciantes, conhecê-los, saber da história deles e sobre o que àquele espaço representa para todos que estão ali. O que mais chama a atenção é, justamente, a sensação de pertencimento que eles têm para com o espaço. É dali que eles tiram o sustento das vidas e está boa parte da vida de todos. São comerciantes que trabalham honestamente e fazem parte da identidade da cidade”, disse Stefano Ferreira.

O pesquisador enfatizou que a proposta é mostrar para a população um Troca-Troca ainda não visto, com riquezas de detalhes, narrativas únicas e personagens que contam suas vivências e resgatam memórias.

O arquiteto Júlio Medeiros foi um dos entrevistados e é um dos autores do projeto de cobertura do Troca-Troca - (Divulgação)Divulgação
O arquiteto Júlio Medeiros foi um dos entrevistados e é um dos autores do projeto de cobertura do Troca-Troca

“O Troca-Troca está (ou estava) nos cartões portais e no imaginário coletivo da cidade. Existem histórias ali, e são muitas! Muitos deles têm a sensação de serem marginalizados, literalmente, mesmo estando à margem do Rio Parnaíba. Há esse tabu que também precisa ser desconstruído. O espaço é de todos os teresinenses, e os comerciantes que resistem são a salvaguarda. Contar histórias de lugares como o Troca-Troca em um material audiovisual é importante por que registra e comunica sua história e suas peculiaridades para diferentes públicos”, acrescenta Stefano Ferreira.

O documentário está disponível no YouTube e, em breve, a produção também percorrerá mostras locais. Um dos destaques do documentário é a trilha sonora, toda composta por músicas de artistas piauienses.

O impresso como fonte de pesquisa e memória

Durante as pesquisas para coleta de material, Stefano Ferreira utilizou uma reportagem feita pelo Jornal O Dia, intitulada “Troca-Troca: um ícone da cultura e do comércio de Teresina”, que conta um pouco da história desse espaço. Jornais, portais e revistas são importantes fontes de pesquisa e tem um papel significativo para a preservação da memória.

O professor e historiador Ricardo Arraes destacou que o Jornal O Dia é muito utilizado em trabalhados acadêmicos, seja na Graduação, no Mestrado, no Doutorado e no Pós-doutorado. Segundo ele, a história é vista como um objeto e os jornais também podem ser estudados e, para ele, o jornal é uma enciclopédia do cotidiano, com registros fragmentários do presente.


Os jornalistas são historiadores do presente, enquanto os historiadores são os jornalistas do passado. Pode-se conta história do Piauí por meio da imprensa, e pode-se ver a imprensa do Piauí como um objeto de estudo. Hoje, o Jornal O Dia é o único meio que permite o acesso à sua materialidade, já que os outros impressos deixaram de circular. E precisou se adaptar com o tempo, tendo além do meio físico, passando por mudanças na formatação, e agora está no virtual. Apesar de tudo, o O Dia ainda mantém sua função social como impresso, tanto para a história, quanto para a economia, para a política, para a sociedade do Piauí e de Teresina

Ricardo Arraesprofessor e historiador

O professor destaca que o Jornal O Dia conta, ao longo de 73 anos, a história do trabalho, da cidade de Teresina, dos movimentos sociais, da cultura, das transformações urbanísticas da cidade, da publicidade, da política, da economia de Teresina e do Piauí. Arraes explica que jornal tem uma linguística, vocabulário político e social próprios, permitindo ao pesquisador analisar como determinado impresso retratava a realidade social, política e econômica, por meio de determinadas palavras e expressões usadas na época.

“Até a década de 1970, os periódicos não tinham uma grande função como fonte de pesquisa para os historiadores. Os historiadores tinham ranço pelos jornais e revistas, pois eles se vestiam com uma carapuça de objetividade, buscando fontes neutras e isso criava um distanciamento dos historiadores, que evitavam usar a imprensa como fonte. A partir dessa nova preocupação com o tratamento da história, a imprensa passou a ser uma das principais fontes de informação histórica. Hoje, utilizamos muito a imprensa e os jornais como uma das nossas principais fontes de informação e estudo da história”, concluiu o professor e historiador Ricardo Arraes.


fonte portalodia.com

Cidades do Piauí receberão novas unidades de farmácias populares; confira a lista

 

No Piauí, 82 novas farmácias e drogarias foram credenciadas, garantindo assim a chegada do programa pela primeira vez em diversas cidades piauienses.


O programa Farmácia Popular, coordenado pelo Ministério da Saúde, tem sido expandido para diversas regiões do país, auxiliando na distribuição de medicamentos e outros insumos aos que mais precisam. Nessa semana, o Governo Federal autorizou a expansão do programa social para mais 58 municípios piauienses, credenciando novas 82 farmácias popularesConfira a lista de cidades no final da matéria.

Cidades do Piauí receberão novas unidades de farmácias populares; confira a lista - (Divulgação/Agência Saúde)Divulgação/Agência Saúde
Cidades do Piauí receberão novas unidades de farmácias populares; confira a lista

Desde 2023, o Governo Federal tem priorizado áreas de vulnerabilidade social e econômica para a expansão do programa Farmácia Popular. No âmbito nacional, 444 cidades brasileiras já foram beneficiadas com o credenciamento de farmácias ao programa, e 94% delas estão nas regiões Norte e Nordeste. A prioridade para o credenciamento de novas unidades, segundo o Ministério da Saúde, é para os municípios que participam do programa Mais Médicos.


No Piauí, 82 novas farmácias e drogarias foram credenciadas, garantindo assim a chegada do programa pela primeira vez em diversas cidades piauienses. Conforme o Governo Federal, isso garante o acesso a mais de 230 mil pessoas a medicamentos, em municípios de pequeno porte, com baixo Índice de Desenvolvimento Humano (IDH). Há quase uma década não havia abertura de credenciamento para adesão de novos estabelecimentos no país.


Desde julho de 2024, o ministério passou a oferecer 95% dos medicamentos e insumos de forma gratuita para toda a população. Com isso, medicamentos indicados para o tratamento de colesterol alto, doença de Parkinson, glaucoma e rinite passaram a ser retirados de graça. Em menos de 6 meses, essa medida já beneficiou mais de 4,5 milhões de brasileiros.

O secretário de Ciência, Tecnologia, Inovação e do Complexo Econômico-Industrial da Saúde do ministério, Carlos Gadelha, explicou os desafios para a retomada do Farmácia Popular.

“Quando começamos o trabalho, o programa estava quase morrendo. As farmácias existentes não tinham sequer um processo de recredenciamento. Mas, com muito esforço, conseguimos revitalizá-lo. Hoje, com investimento do governo federal e ampliação da lista de medicamentos gratuitos, o programa agora inclui anticoncepcionais, absorventes e medicamentos para osteoporose. Para os beneficiários do Bolsa Família, todos os itens são oferecidos sem custo”, afirmou.

Confira a lista de cidades piauienses:

  • Agricolândia - 1 unidade
  • Arraial - 2 unidades
  • Assunção do Piauí - 2 unidades
  • Barro Duro - 2 unidades
  • Bela Vista do Piauí - 1 unidade
  • Beneditinos - 2 unidades
  • Bertolínia - 1 unidade
  • Buriti dos Montes - 2 unidades
  • Cajazeiras do Piauí - 1 unidade
  • Cajueiro da Praia - 2 unidades
  • Caldeirão Grande do Piauí - 1 unidade
  • Campo Grande do Piauí - 2 unidades
  • Campo Largo do Piauí - 1 unidade
  • Capitão de Campos - 2 unidades
  • Caraúbas do Piauí - 1 unidade
  • Caridade do Piauí - 1 unidade
  • Cocal de Telha - 2 unidades
  • Coivaras - 2 unidades
  • Cristalândia do Piauí - 1 unidade
  • Curral Novo do Piauí - 1 unidade
  • Floresta do Piauí - 1 unidade
  • Jacobina do Piauí - 1 unidade
  • Jaicós - 2 unidades
  • Jardim do Mulato - 1 unidade
  • João Costa - 1 unidade
  • Joaquim Pires - 2 unidades
  • Joca Marques - 1 unidade
  • Jurema - 2 unidades
  • Lagoa Alegre - 2 unidades
  • Lagoa do Sítio - 1 unidade
  • Luís Correia - 2 unidades
  • Milton Brandão - 1 unidade
  • Monsenhor Hipólito - 1 unidade
  • Monte Alegre do Piauí - 2 unidades
  • Nazária - 1 unidade
  • Nossa Senhora de Nazaré - 1 unidade
  • Olho D'Água do Piauí - 1 unidade
  • Paes Landim - 1 unidade
  • Pajeú do Piauí - 1 unidade
  • Palmeira do Piauí - 1 unidade
  • Palmeirais - 2 unidades
  • Parnaguá - 2 unidades
  • Passagem Franca do Piauí - 1 unidade
  • Pavussu - 1 unidade
  • Porto - 2 unidades
  • Porto Alegre do Piauí - 1 unidade
  • Santa Cruz dos Milagres - 1 unidade
  • Santa Filomena - 2 unidades
  • Santa Luz - 2 unidades
  • São Francisco de Assis do Piauí - 1 unidade
  • São Francisco do Piauí - 2 unidades
  • São Julião - 1 unidade
  • São Lourenço do Piauí - 1 unidade
  • São Pedro do Piauí - 2 unidades
  • Sigefredo Pacheco - 1 unidade
  • Simões - 2 unidades
  • Tanque do Piauí - 1 unidade
  • Vila Nova do Piauí - 1 unidade

Investimentos no Farmácia Popular

Para alcançar esse importante resultado, o Ministério da Saúde ampliou o investimento no programa. Em 2024, o orçamento chegou a R$ 3,6 bilhões, superior até mesmo ao registrado em 2023: R$ 3,10 bilhões. Em 2022, o investimento não chegou a R$ 2,5 bilhões. Para 2025, o valor apresentado no Projeto de Lei Orçamentário Anual (PLOA) é de R$ 4,2 bilhões, um aumento de 69% comparado ao ano de 2022. O maior orçamento da história.

Como credenciar uma farmácia no programa

Para credenciar o estabelecimento, é necessário verificar se ela está localizada em um dos municípios contemplados pelo Farmácia Popular, separar a documentação necessária e preencher o formulário de cadastro. É necessário também imprimir e preencher a declaração de veracidade, o requerimento e o termo de adesão. Os documentos devem ser assinados com firma reconhecida em cartório ou por meio de certificado digital.


Os documentos a serem apresentados são:


  • Comprovante de CNPJ com CNAE farmácia (4771701 e 4771702);
  • Registro na junta comercial autenticado em cartório ou certificação digital;
  • Comprovante de endereço atual em nome da empresa autenticado em cartório ou certificação digital;
  • Licença sanitária estadual ou municipal autenticada em cartório ou certificação digital;
  • Autorização de funcionamento emitida pela Anvisa;
  • Certidão de regularidade fiscal perante à Fazenda Nacional;
  • Certificado de regularidade técnica emitido pelo Conselho Regional de Farmácia com autenticação em cartório ou certificação digital;
  • CPF e documento de identificação do representante legal da empresa;
  • CPF e identificação do responsável técnico (farmacêutico), autenticados em cartório ou certificação digital;
  • Comprovante de quitação de débitos do Farmácia Popular para estabelecimentos que já participaram do programa;
  • Declaração de veracidade;
  • Requerimento e termo de adesão assinado com firma reconhecida em cartório ou assinatura digital; e comprovante de conta bancária no nome da empresa com as informações do banco, da agência e do número da conta corrente.

fonte portalodia.com